quinta-feira, 1 de março de 2018

Entrevista : MISTER DOKO

Existe um fenômeno raro - eu diria até um JOSÉ SERRA , ou seja , UMA ABERRAÇÃO - que atormenta  a classe científica mundial , que inutilmente tenta encontrar uma resposta e uma explicação no mínimo razoável para isso e que faz todos os cientistas dizerem - em um misto de espanto , surpresa , incredulidade e frustação - , obviamente em inglês , a seguinte frase : " CARAAAAAAAACA , VÉIO !!!!!!! COMO PODE ESSE MANÉ DEFECAR PELA BOCA ? " .......O tal NESTOR CERVERÓ ( Ah , você não sabe ou não está lembrando quem esse caboclo ? Procure no Google , meu nêgo : se estiver uma criança ao seu lado , POR FAVOOOOOOORRRRRR , tire ela pois pode ficar traumatizada com uma cena tão BIZARRA...... )  , ops ! , ABERRAÇÃO atende pelo nome de José Ferreira Neto , ou tão somente NETO , e há cerca de 12 anos - caso este escriba não esteja que nem o glorioso VASCO DA GAMA PEREIRA , marido da gostosística e fogosa CREUZINETE , ou seja , ENGANADO - vem fazendo mesma coisa quando algum ser vivente , bípede , racional , após se empanturrar de lasanha , calzone , popetone , torta alemã , apfelstrudel ,  macarronada e pizza calabresa , faz ao sentar no "trono " e viver AQUELE MOMENTO tão lindo ( Aiiiiiii.......que fôôôôôfo !!!!!! ) , ou seja , .....bom , eu nem preciso dizer o que é ! ( Atualmente ele faz as suas DEFECAÇÕES , ops ! , comentários e ainda vem encontrando tempo para ESTUPRAR a pobre coitada da língua portuguesa na TV Bandeirantes , tanto na TV aberta quanto no fechado canal esportivo BAND SPORTS  ) . Certamente os mais velhos - especialmente aqueles que já acompanhavam futebol no período entre 1984 e 1999 - devem se lembrar cristalinamente dele e , obviamente , não pelas suas DEFECAÇÕES ORAIS mas sim pelas cobranças de falta , escanteio e pênalti certeiros e venenosos ; pelas jogadas geniais ; pelos seus lançamentos longos e perfeitos ; pelos seus golaços de placa ; por ter conquistado jogando praticamente sozinho o Campeonato Brasileiro de 1990 para um limitadíssimo time do Corinthians e , é claro , pela sua capacidade tão grande em arranjar brigas e confusões quanto de fazer lances DJOU......DJOUTRO MUNDO que este escriba acabou de citar ( Há quem diga que se ele tivesse sido convocado por um dos técnicos mais furrecas da história do futebol brasil - TIÃO LAZARENTO , ops ! , Sebastião Lazaroni - para defender o Brasil na Copa do Mundo da Itália , realizada entre 8 de junho e 8 de julho de 1990 , a história teria sido bem outra ...... ) . Pois bem , assim como RUINDADE combina com JEC , VELHICE com o CAXIAS , SANGUE com MICHEL TEMER , BIZARRICE com JOSÉ SERRA e LAMBANÇA com UDO DOEHLER , CRAQUE combina com BANGU ATLÉTICO CLUBE ( Não ria , cara pálida : o Banguzão chegou a ser CAMPEÃO MUNDIAL em uma competição realizada em Nova Iorque , entre julho e agosto de 1960 , e que contou com as participações de grandes clubes do futebol mundial , como o alemão Bayern de Munique , o português Sporting e a italiana Sampdória ) : no jurássico Campeonato Brasileiro de 1986 o então jovem , promissor e eternamente caipirístico meia-atacante ( Neto pousou em 9 de setembro de 1966 - por sinal , no mesmo ano em que o BANGU foi campeão carioca pela segunda e última vez derrotando e humilhando o FRAMENGO por 3 a 0 na final - na PULGUÍSTICA , ou seja , minúscula cidade paulista de Santo Antônio de Posse , de cerca de 22.0000 habitantes , localizada a 149 quilômetros de São Paulo e próxima a Campinas ) envergou o MANTO SAGRADO ! O todo-poderoso e AVANTAJADO - dinheirísticamente falando , obviamente - bicheiro , IL CAPO e patrono do Bangu - CASTOR DE ANDRADE ( 1926-1997 ) - pagou 1 de milhão de cruzados - uma grana andersonsílvica , ou seja , VIOLENTA na época - para que o Guarani de Campinas emprestasse o capirístico jogador e provavelmente , depois de apenas 4 meses de empréstimo , o saudoso Castor - O CASTOR É MEU PASTOR E NADA ME FALTARÁ ! - deve ter dito o seguinte , " CARAAAAAAAACA , CUMPADI : ESSA FOI A MAIOR C...... QUE EU FIZ NA VIDA , MERMÃO ! " : em 16 jogos ( foram 6 vitórias , 6 empates e 4 derrotas ) trajando o MANTO SAGRADO o cara fez apenas UM GOLZINHO - contra o super poderoso Operário de Campo Grande em jogo disputado no estádio do BANGU ( Proletário Guilherme da Silveira Filho , o popular MOÇA BONITA ) - , foi expulso de jogo 1 vez , ficou um bom tempo parado em virtude de um acidente doméstico , marcou mais pela sua presença nas agitadíssimas noites cariocas ( Consta que em uma dessas boates , o caipirístico Neto acabou seguindo o sábio , filosófico e elevado conselho-ação dos HOOLIGANS , ou seja , o cara LITERALMENTE QUEBROU TUDO ! ) do que pelas suas atuações em campo e a nação banguense acabou dando graças a Deus , Alá , Geová , Thor , Zeus , etc....etc.....quando ESSA OFERENDA DE MACUMBA QUE NÃO FOI PRO MAR acabou voltando para o caipirístico interior de São Paulo ( Aqui vai uma curiosidade : enquanto o Guarani acabou sendo vice-campeão daquele campeonato , perdendo o título nos pênaltis em uma adrenalínica final contra o São Paulo , o BANGU acabou terminando numa BILAU DO JAPA , ou seja , RIDÍCULA vigésima primeira colocação entre 48 participantes )  .............Quem certamente daria boas e longas gargalhadas vendo o perfil do caipirístico craque-problema seria o francês François Marie Arouet , ou melhor , VOLTAIRE ( 1694-1778 ) , que ainda diria : " PERTO DE MIM ESSE CARA É PINTO .....NO BOM SENTIDO , É CLARO ! " .......Tendo estudado , ironicamente , em um colégio de jesuítas , o NETO DA LITERATURA FRANCESA era dono de um tipo de temperamento irascível , explosivo , imprevisível ,  extremado , irrequieto e revolucionário ( Voltaire foi um dos idealizadores e articuladores da tão famosa REVOLUÇÃO FRANCESA , que veio a ocorrer 11 anos após ele ter "ido pra Jesus " ) ; chegou a ser preso por suas ideias e a fugir e a se refugiar clandestinamente em um castelo ; brigou com reis ; chegou a ser  pessimamente acolhido por onde passou e viveu a glória , o fracasso e o ostracismo . Autor de mais de 50 obras ( Entre elas estão os fantásticos , clássicos e imperdíveis "ÉDIPO " , "BRUTO " , "MAOMÉ " , " CÂNDIDO " , " O INGÊNUO " e "A PRINCESA DA BABILÔNIA " ) , o seu estilo literário é definido como um misto de elegância , clareza e gosto pela ordem e , ainda por cima , ele inventou algo tão fantástico e imprescindível chamado ENCICLOPÉDIA ................

       OK , OK ,  na verdade o grande idealizador , criador e incentivador da ENCICLOPÉDIA não foi o NETO DA LITERATURA FRANCESA mas sim o também escritor , e filósofo , DENIS DIDEROT ( 1713-1784 ) , autor dos ótimos e reflexivos " PASSEIO DO CEGO " , " JOIAS INDISCRETAS " e " CARTA PARA OS CEGOS PARA USO DOS QUE VEEM " e que capitaneou um verdadeiro TIMAÇO DO BANGU de filósofos , escritores , cientistas e artistas ( Alô , alô , fãs da LEGIÃO URBANA : Renato Manfredini Júnior virou RENATO RUSSO justamente para homenagear um dos criadores da ENCICLOPÉDIA : ROUSSOU ) ,  também era algo bem diferente do que conhecemos hoje como ENCICLOPÉDIA : era muito mais uma obra panfletária do que necessária de conhecimentos gerais e algo até meio clandestino  ( Feita entre 1751 e 1772 , foi uma verdadeira PULGA NA CUECA DOS PODEROSOS : os seus dois primeiros volumes publicados em 1751 e 1752 - chegaram a ser publicados sob a alegação de quem eram obras ofensivas à religião e ao rei e os seus responsáveis durante um bom tempo acabaram sendo perseguidos ) e , embora não sendo uma das garotas da casa de massagens da terceira idade VULVA DA VOVÓ , NÃO ERA ALGO NOVO ( Segundo alguns historiadores , A PRIMEIRA ENCICLOPÉDIA - uma espécie de tatatatatatataravó das enciclopédias modernas - teria sido feita no remotíssimoíssimoíssimoíssimo ano de 350 antes de Cristo por um certo SPEUSIPPUS , que viveu entre os anos de 407 e 339 antes de Cristo , era diretor da Academia de Atenas e era sobrinho de ninguém mais ninguém menos que o graaaaaaaande - AI COMO ERA GRANDE ! - filósofo e "bicho quente " da Filosofia PLATÃO e uma possível prova disso é justamente a origem grega da palavra ENCICLOPÉDIA : ENKYKLOPAEIDÉIA , ENKYKLO quer dizer "circulação " e PAEIDÉIA significa " educação " ) , só que é aquele antiquíssimo negócio , ou seja ,  a avestruz produz um ovo melhor mas quem chama mais a atenção é a galinha : o NETO DA LITERATURA FRANCESA foi o grande responsável pela divulgação , difusão e posterior popularização da ENCICLOPÉDIA . Eu fico imaginando O PRÓXIMO PERSONAGEM DO DIA participando , ou melhor , INVADINDO uma dessas quase que clandestinas reuniões realizadas entre 1751 e 1772 e dizendo , em alto , escandaloso e bom som : " SEUS MANÉS ! NÃO PRECISAM TORRAR OS VOSSOS MANEZÍSTICOS NEURÔNIOS : LA ENCICLOPEDITA SOU YO ! " ........Embora não fazendo um teste drive de qualidade para um dos caixões da FUNERÁRIA VAI TARDE , este escriba JURA DE PÉS JUNTOS que isso não é um exagero : LUIZ VON DOKONAL - MISTER DOKO para os mais íntimos , chegados e em Joinville e adjacências - é mesmo UMA ENCICLOPEDIA VIVA ! Parece coisa de predestinado........Não , o glorioso e AVANTAJADO - intelectualmente falando - MISTER DOKO não marcou um gol a favor do meu querido e amado BANGU em um jogo decisivo : ele nasceu apenas algumas semanas - mais exatamente em 9 de setembro -  após o histórico e icônico festival sócio-cultural-musical da cidade americana de Woodstock e , portanto , em um dos anos mais loucos , agitados e movimentados anos que a humanidade já vivenciou . Coincidência ou não , esse ser vivente , bípede , racional com cara de fritz de Pomerode , jeito de cientista doidão de laboratório ( ele trabalhou durante mais de 20 anos - entre 1992 e 2015 - como engenheiro de desenvolvimento de motores elétricos e atualmente presta consultoras nessa área ) , trilíngue ( ele não é o MARINHO, cracão do BANGU nos anos 80 , mas  domina 3 "bolas " ao mesmo tempo : o português , o espanhol e o inglês britânico )  , extremamente amigável e simpático , dono de um espírito aventureiro ( Certa vez MISTER DOKO deu uma de ESCRIBA DO ALAMEDA CULTURAL , ou seja , PORRA LÔCA : durante uma de suas tão rotineiras remadas pela baía da Babitonga ele acabou pegando uma REGINA CASÉ EM DIA DE TPM , ou seja , UMA TEMPESTADE BRABA e por muito pouco um raio não o atingiu ......) , campo alegrense por nascimento e acidente , joinvilense por adoção , alma e coração e BANGUENSE , por bom gosto , faz parte de UMA TROPA DE ELITE : a de figurinhas do Facebook , que embora não fazendo parte do álbum do Campeonato Carioca de 1988 , são carimbadas ; inclui nomes , como DONALD MALSCHITZKY ( Eita nome , sô ! ) , MILTON WENDEL , DIEGO LÍBIO GOETTEN e IACSON DE OLIVEIRA BORGES e em um país que despreza , lamentável e infamemente , valores básicos para o desenvolvimento de uma nação - ÉTICA , EDUCAÇÃO , CIÊNCIA , CONHECIMENTO , CULTURA E INOVAÇÃO - forma um incansável EXÉRCITO que tem a ingrata - Bota ingrata nisso ! - de combater outro gigantesco Exército .......O DE OBSCURANTISTAS . As armas de MISTER DOKO ? INTELIGÊNCIA , TALENTO , OBSERVAÇÃO , BOM SENSO , INFORMAÇÃO , CONHECIMENTO , LEITURA , ESTUDO e a incrível , rara e absurda capacidade de guardar em sua AVANTAJADA - AI COMO É GRAAAAANDE !!!!! - MEMÓRIA fatos , coisas , dados e pessoas .........QUE JORRADA : é com um misto de honra e privilégio que este amalucado escriba abre com chave de ouro 18 quilates este mês de março ( Agora vem a pergunta que , embora não sendo o NICÁCIO TIAGO MACHADO de porre após tomar 200 garrafas de capilé Max Wilhelm , NÃO QUER CALAR : POR QUE , AO CONTRÁRIO DO QUE VINHA ACONTECENDO DESDE AGOSTO DE 2016 , ESTA ENTREVISTA NÃO FECHOU O MÊS DE FEVEREIRO ? Por vários motivos , entre eles a queda no sinal da internet aqui neste muy humilde cafofo e uma absurda , terrível , cruel , aguda , fulminante e desgraçada DOR DE BARRIGA , que , desconfio , foi causada por aquela macarronada com linguiça calabresa que mandei ver no almoço de ontem  ) com aquele que possivelmente é o dono ( ABAIXO , CAMUFLADO DURANTE UMA BATALHA CONTRA O EXÉRCITO DOS OBSCURANTISTAS ) de UMA DAS MAIORES INTELIGÊNCIAS E MEMÓRIAS DE JOINVILLE e que dentro de instantes EJACULARÁ todo o seu vasto conhecimento sobre os mais diversos temas ...............CONFIRA :




1 - PRIMEIRAMENTE , UMA PERGUNTA QUE MUITOS DEVEM LHE FAZER : QUAL É O SEGREDO PARA TER UMA MEMÓRIA TÃO PRIVILEGIADA ? DO CUME DE SUA HIMALAICA INTELIGÊNCIA E SABEDORIA , QUE LIVROS INDICARIA AQUELES QUE QUEREM CONHECER MELHOR A HISTÓRIA DE JOINVILLE ? FALANDO EM HISTÓRIA DE JOINVILLE , QUE MOMENTO E QUE PERSONAGENS HISTÓRICOS VOCÊ PREFERE DESTACAR ?
MISTER DOKO - Himalaica inteligência e sabedoria ? ? ?  ( FALANDO EM HIMALAIA , EIS MISTER NO TPO DO MUNDO ....LITERALMENTE ! ) ......Considero meu conhecimento bem mais boavístico ou – no máximo – morrodatrombístico que himalaico... Olha, se eu descobrisse como desenvolver e manter a memória de longo prazo via algum truque qualquer, empacotava isso numa embalagem atraente e ficava zilionário vendendo a parada por aí.......


Se tem um treco que falta na maior parte das pessoas é memória ( ABAIXO ) , especialmente de longo prazo. Aposto que ia faturar horrores ( RISOS ) ..........Brincadeiras à parte, lembrar das coisas em detalhe, especialmente de coisas que vi ou li faz muito tempo, sempre foi uma coisa natural pra mim, nunca precisei me esforçar muito pra isso ( bom, tem coisas que eu faço por pura diversão tipo estudar assuntos que a maioria das pessoas acha chatos e, além disso, leio horas seguidas quase todo dia desde os seis anos, tudo junto e reunido me deu uma fama de esquisitão já na mais tenra idade, mas deve ter ajudado ) .


Alguma coisa que li em livros e blogs de neurologia várias vezes é que capacidade de reter memória, especialmente aquela de longo prazo ( que é o que importa pra não ser enganado sempre com o mesmo truque... ) , é coisa que se desenvolve mesmo quando se é criança, parece que todos os caras que estudam isso são unânimes neste aspecto ( e a minha experiência pessoal diz a mesma coisa, nunca vi alguém de boa memória não ser também alguém curioso desde criança - AIIIIII......QUE FÔÔÔÔÔÔÔFO : EIS MISTER DOKO COM APENAS 10 ANOS DE IDADE ).


E a melhor maneira de exercitar a memória de um ser humano é ensinar ele a ler, o mais cedo possível, e fazer ele ler ( ABAIXO ) até gostar disso. Aprendi a ler com seis anos, aos oito já lia praticamente qualquer coisa. Em casa a grana era sempre curta, mas nunca faltava coisa pra ler. Jornal, revista, bula de remédio, gibi e – principalmente – uma Enciclopédia Conhecer que a Editora Abril publicava. Aquela enciclopédia foi a minha janela para o mundo, no final do primário já tinha lido ela inteira ( mesmo sem entender a maior parte... ).

 
 
 
Outra coisa importante pra manter a memória é revisitar os assuntos ( e nisso a escola falha muito ). Gosto muito de reler coisas e de voltar em coisas básicas de assuntos que conheço bem. Gosto de comparar os assuntos – qualquer assunto – como um campo enorme com uma escada em espiral bem centro ( ABAIXO ) , levando a lugar algum em particular a não ser pra cima. Parece perda de tempo subir a escada e não sair em uma direção qualquer, já que a escada não vai te levar a lugar nenhum.


 Mas, apesar de parecer inútil gastar energia sem sair do lugar, a cada volta na espiral você está mais alto e enxerga mais longe. Quem sobe a escada vê cada vez mais longe. Quem vai rente ao chão, bom, talvez até vá longe por sorte, mas nunca vai ver pouco mais que algumas centenas de metros pela frente, não importa o quanto ande. O nome desta escada é conhecimento ( ABAIXO ) , e a única maneira de subir nela é uma voltinha por vez.

 
 
Joinville mora no meu coração, vou dizer isto desde já, para que não pareça que sou filho ingrato por muitas coisas que vou falar (a pesar de ter nascido em Campo Alegre, no alto da serra, nunca morei lá, então sou mais joinvillense que outra coisa - QUEM É LOUCO JÁ NASCE FEITO : EIS O ENTÃO DOKINHO - O LOIRINHO , DA ESQUERDA PARA A DIREITA - E SEUS AMIGUINHOS EM CAMPO ALEGRE POSANDO COM ........UMA ONÇA ! ).


 Bom, personagens importantes de Joinville, dizer o quê.......Joinville surgiu em uma época muito particular da história mundial, uma época de grandes interesses genuínos, muita coragem, pouco lero-lero, mas de muita picaretagem também. Aqui botaram a "alemoada "  na maior roubada, num fim de mundo enlameado e cheio de pestilências tropicais, boa parte do pessoal veio enganado.........( ABAIXO , EIS A ANTIGA RESIDÊNCIA DOS RICHILIN , ORIUNDOS DA SUÍÇA E RADICADOS AQUI A PARTIR DE 1857 : NESSE LOCAL HOJE FUNCIONA A AGÊNCIA CENTRAL DA CAIXA ECONÔMICA FEDERAL )


 Mas a turma deu um jeito de se organizar e prosperar no final das contas. Joinville é uma cidade sem grandes heróis e sem grandes personagens, não tem um episódio da cidade que dê pra dizer: ah, isso aqui só aconteceu porquê fulano existiu. Diria que grandes personagens mesmo são todas estas famílias que conseguiram prosperar por aqui nas primeiras três ou quatro décadas após a fundação, apesar da imensa dificuldade para tudo, e também as centenas de pessoas que morreram de malária, febre amarela, tifo........( A CASA QUE APARECE LOGO ATRÁS DAS PALMEIRAS É O SALÃO BERNER : NESSE LOCAL , ONDE HOJE FUNCIONA A DROGARIA E FARMÁCIA CATARINENSE , FOI FUNDADO O CORPO DE BOMBEIROS VOLUNTÁRIOS DE JOINVILLE , EM 13 DE JULHO DE 1892 )


Tudo em nome do sonho da vida nova, que para eles acabou em uma cova no meio de uma selva tropical. Diria que, muito mais do que ser resultado do trabalho de alguém, Joinville é fruto da época em que surgiu e da coletividade que aqui se desenvolveu. Claro que houve gente um pouco mais educada que contribuiu mais, mas acho que seria injusto creditar a eles o sucesso. ( ABAIXO , A ESQUINA ENTRE AS RUAS XV DE NOVEMBRO E DO PRÍNCIPE EM FOTO DA DÉCADA DE 40 )

 
 
O que ler para entender Joinville ? Excelente pergunta... A cidade está longe de ter uma bibliografia à sua altura, acessível a um leigo interessado. Creio que o livro do Carlos Ficker ( ABAIXO ) ainda é a melhor obra, mesmo fazendo mais de 50 anos de sua publicação e sendo meio maçante. O Ficker era um cara notável ( as vezes me pergunto como ele conseguiu fazer o que ele fez, na época que fez, com os minguados recursos de que dispunha ).


 Um trabalho digno de nota, bem mais atual, de 2016, é o excelente “História Enciclopédica de Joinville”, em formato de CD , do professor Nicácio Tiago Machado ( QUE BICHO TE MORDEU , HÔMI ? ABAIXO , EIS O MORADOR MAIS CHATO E RANZINZA DE JOINVILLE EM UMA DAS 5 VEZES EM QUE RIU EM SEUS 68 ANOS DE VIDA ) . Não é bem um livro, mas uma coletânea interessantíssima de documentos, foto, textos e depoimentos que o autor juntou ao longo de mais de 40 anos. Pode ser comprado diretamente do autor ( importante : não ganhei uma mísera cervejinha do Nicácio pra dizer isso, é porque acho o trabalho dele bom mesmo ! ).

 
 
 
 
 
 
 
2 - HÁ ALGUM FATO LIGADO À HISTÓRIA DE JOINVILLE QUE TENHA TESTEMUNHADO OU VIVIDO E QUE GOSTARIA DE COMENTAR CONOSCO ? UMA PERGUNTA QUE VENHO FAZENDO ULTIMAMENTE A TODOS ÀS ÚLTIMAS VÍTIMAS , OPS ! , ENTREVISTADOS : QUE DEFINIÇÕES VOCÊ FAZ DA CIDADE DE JOINVILLE E DO POVO JOINVILENSE ? FALANDO NISSO , QUAL EXPLICAÇÃO VOCÊ ENCONTRA PARA ESSA ÍNDOLE PACÍFICA E MANSA - ATÉ DEMAIS - DO JOINVILENSE ? QUAL ANÁLISE VOCÊ FAZ DA CIDADE NA ATUALIDADE , ESPECIALMENTE NA ÁREA DA CULTURA ?
 
MISTER DOKO - Pareço, mas não sou tão velho assim ( RISOS ) ... Tanto a família do pai como a da mãe viviam desde os anos 30 em Joinville. Nasci em 1969, na época o meu pai e meu avô estavam implantando um grande reflorestamento de Pinus na divisa de Joinville e Campo Alegre ( hoje em dia é conhecido como Parque Abaeté e pertence à Comfloresta ) , morei ( ABAIXO ,MISTER DOKO QUANDO ERA DOKINHO E TINHA 6 ANINHOS ) neste matão até 1977, numa casa boa, mas onde em dia de chuva só se chegava de trator ou jipe


 e se matava onça a dois mil metros de casa ( talvez explica meu grande interesse por questões envolvendo meio ambiente e ir em lugares que geralmente ninguém vai ), daí a gente veio pra cá. Na época que viemos o Opa já era aposentado e o pai se desentendeu com a turma da Comfloresta, foi trabalhar na Tacolindner. Minhas primeiras memórias claras daqui são deste tempo, de um moleque de oito anos em diante... Diria que vi dois ciclos históricos deste tempo até hoje. ( ABAIXO , MISTER EM SEUS TEMPOS DE JUVENTUDE  , OU MELHOR , DE DOKO BOY )

 
 
 
O primeiro foi o ciclo da Joinville que ia de vento em popa, empregos por todo lado, gente vindo de todo canto pra trabalhar aqui ( a imensa maioria ignorante e muito pobre, o que trouxe grandes problemas e redefiniu a cidade ), enfim, um lugar pujante ( ABAIXO , EIS A RUA ABDON BATISTA - ENTÃO CONSELHEIRO MAFRA - EM FOTO DA DÉCADA DE 40 ) , de grandes promessas ( que infelizmente não se cumpriram em sua quase totalidade ).


 O que lembro bem da época que vai do fim dos anos 70 até a época que estava na faculdade de Engenharia Elétrica, de 87 a 91, é que Joinville deixou de ser o lugar do interior onde era só sair do centro e em poucos minutos se estava na área rural ( ou no mangue ou na faculdade, que naquele tempo, ficava literalmente no meio do mato... ) para ser um centro operário pobre. Não miserável, mas pobre. Tudo perto da cidade foi posto abaixo para dar lugar a loteamentos ( ABAIXO , EIS A VILA PARANANENSE EM FOTO DA DÉCADA DE 70 ) , a imensa maioria sem estrutura alguma. Este ciclo foi a fortuna das famílias donas das empresas ( e dos loteamentos... ) , dos que prestavam serviços pra eles, e dos executivos destas empresas.


Infelizmente foi também o fim da Joinville germânica da época da colonização ( ABAIXO , EIS A ANTIGA PONTE DE MADEIRA SOBRE O RIO CUBATÃO E QUE ESTAVA LOCALIZADA EM LOCAL PRÓXIMO AO QUE É HOJE O POSTO DA POLÍCIA RODOVIÁRIA : NA FOTO APARECEM OS CASAIS HOEPFNER E SCHMIDT ) , a imensa maioria dos que vinham nada tinham em comum com a cidade ( pela qual nutriam indiferença ou não gostavam diga-se de passagem ). Olhando hoje, de longe, diria que a cidade como um todo perdeu muito mais do que ganhou com este ciclo, que foi até o início do século atual.


De maneira geral, as cidades de colonização germânica do Sul/Sudeste que cresceram menos estão bem melhores que Joinville. O ciclo industrial de Joinville ( ABAIXO ) , aquele que começou nos anos 50 e acabou lá por 2000, foi um processo insustentável, baseado no desprezo pela Natureza e qualidade de vida e na exploração mesquinha do ser humano. Os resultados disso são pra lá de evidentes hoje em dia.

 
 
O segundo ciclo é o atual, com o pau da barraca industrial irremediavelmente no chão, todas as empresas grandes nas mãos de - e gerenciadas por - “alienígenas” ( EIS A FUNDIÇÃO TUPY : EM 1995 A FAMÍLIA SCHMIDT , SUA ANTIGA PROPRIETÁRIA , PERDEU SEU CONTROLE ACIONÁRIO ) , máquina pública inchada e incapaz de cumprir com seus compromissos e tráfico crescendo ( se nada for feito periga se tornar a principal atividade econômica da região, tomando o lugar que um dia já foi da indústria ). Joinville – ou pelo menos a maior parte dela - está irreconhecível para alguém que tenha estado por aqui no início dos anos 70. Feia, suja, violenta, corrupta, caótica. É sem dúvida o período mais deprimente da cidade desde os tempos da fundação. Espero, de todo coração, que a cidade supere isso.

 
 
Definir Joinville ? Difícil. Uma cidade que preserva e se orgulha sua cara de colônia germânica ? Não mais. Joinville foi de cidadezinha ( ABAIXO , EIS A RUA XV DE NOVEMBRO , EM TRECHO PRÓXIMO A ATUAL RUA JOÃO COLIN , EM FOTO DE DATA INCERTA ) de colonização germânica pra um aglomeradão urbano meio sem cara, um caso único no Brasil pelo menos ao meu conhecimento. Uma cidade fortemente marcada pelos primeiros cem anos, mas que mudou completamente nos cinquenta seguintes, e não para melhor. Gerou fortunas para poucos, e a imensidão de riqueza que gerou para os cofres públicos não ficou aqui. Agora é uma cidade meio decadente, buscando alternativas para sair da era industrial ( da qual foi meio que despejada ) e está tendo dificuldades enormes de se adaptar a isso, com uma população ainda em crescimento.

 
 
Joinvillense, quem é esse ( ou essa ) cara ? Se for para pensar demograficamente, na maioria da população atual, é um imigrante pobre ( ABAIXO , EIS A CIDADE PARANAENSE DE PITANGA , UMA DAS QUE MAIS ENVIARAM EMIGRANTES A JOINVILLE ) , vindo de uma cidadezinha do interior ( ou de uma favela de periferia), pra trabalhar nas fábricas da cidade, ou filho(a) deste sujeito. Conseguiu, ganhando um salariozinho minguado, constituir família, fazer uma casinha num loteamento popular, comprar uma motoquinha ou carro ( bem ) usado, e está até feliz com isso ( que já é bem mais que teria se tivesse ficado onde nasceu ). A turma anterior ao período industrial e suas crias, cujas raízes na cidade remotam aos tempos da colonização, é uma minoria bem minoritária, quase nem contam mais como força política ou cultural na cidade.

 
 
A índole pacífica devagar quase parando do joinvillense? Acho que vem de alguns fatores, o primeiro é que a turma tradicional daqui, que nunca foi dada a grandes arroubos de qualquer tipo, mas que era quem mantinha o cenário cultural da cidade até os anos 80, envelheceu e encolheu. Esse pessoal decidiu parar de ter filho lá nos anos 70. No no meu círculo familiar amplo e no dos amigos próximos da família, fui a muito mais enterros do que a batizados nos últimos 30 anos... Quase metade das mulheres dessa “alemoada” ( ABAIXO , EIS A ENTÃO CAXOEIRASTRASSE - HOJE , RUA PRINCESA ISABEL - VISTA DO LOCAL ONDE HOJE ESTÁ A AGÊNCIA DOS CORREIOS :  A SEGUNDA RESIDÊNCIA QUE APARECE NA FOTO - ATRÁS DAS PALMEIRAS - ERA DA FAMÍLIA HELLWIG ) , as que nasceram lá nos anos 60, 70, 80 não teve filho algum, e o resto quando muito um filho. E estes filhos não ficaram por aqui, metade deles está fora do país e não pensa em voltar. Então tem bem pouca gente que conhece “de casa” o que foi perdido e se interessou por isso, é uma questão demográfica.........


 Some-se a isso que era uma cidade pequena, mas cresceu cem mil habitantes por década essencialmente via imigração. A maior parte destes imigrantes veio com uma mão na frente e outra atrás, gente pobre ( ABAIXO , MAIS UMA FOTO DA VILA PARANAENSE NA DÉCADA DE 70 ) e semi-analfabeta, de boa índole, arrebanhada pela grande indústria. Não eram empreendedores ou contestadores, eram agricultores pobres ( ou filhos de ) tentando uma vida melhor que aquela que o interior do Paraná ou o oeste e sul de Santa Catarina podiam fornecer.  É uma turma que tinha que se preocupar em por comida na mesa e trabalhar e não em “agitar” o quer que fosse. Ninguém dessa turma veio pra cá atrás de efervescência cultural ou política.......

 
 
Que falar da cultura ( ou mais propriamente da falta dela... ) em Joinville ? Uma cidade que tinha um clube de ginastas, clubes sociais, clubes musicais, clubes de remo, clubes de pintura, clubes de tiro, bombeiros voluntários, clube de amantes de orquídeas, clube de planadores ( cujas aeronaves foram construídas pelos sócios ), artistas da envergadura de um Fritz Alt, de um Victor Kursancew, de um Mário Avancini ( ABAIXO ) .........Isso a 50, 70 anos ou mais......Cadê isso tudo na Joinville “muderna” ?


Até dá pra creditar uma parte do fim disso ao trauma da Segunda Guerra, onde alemão não podia se juntar pra nada que a polícia caia de pau, mas fato é que as cidades da vizinhança não perderam a identidade do jeito que Joinville perdeu ( ABAIXO , EIS O ANTIGO HOSPÍCIO OSCAR SCHNEIDER , QUE ENTRE 1942 E 1945 SERVIU DE CAMPO DE CONCENTRAÇÃO PARA SUPOSTOS MILITANTES E COLABORADORES DO NAZISMO ) . Óbvio que algo deu terrivelmente errado no cenário cultural com passar dos anos, e foi bem depois da guerra, foi lá dos anos 60 em diante. Até o início dos anos 90 havia alguma atividade cultural própria daqui, teve o período das bandas de rock, dos botecos legais, da Gang Editores.........


 Mas tudo ficou no passado. A facilidade de transporte também pesou, hoje é fácil ir a um espetáculo ou evento de arte em Floripa, São Paulo ou Curitiba ( ABAIXO , A TÃO FAMOSA ÓPERA DE ARAME ) , conheço muita gente ( eu incluso ) que aproveita viagens rápidas para aproveitar as opções culturais destes lugares ( coisa que num passado nem tão distante só gente de muita grana conseguia fazer ). Falta de público ? Falta de um bom lugar para grandes espetáculos ? Desinteresse dos promotores ? Ausência de ensino de arte nas escolas e nas famílias?  Um pouco de cada coisa eu acho. Adoraria dizer que tenho alguma ideia pra trazer os bons tempos de volta.......

 
 
 
3 - ULTIMAMENTE VOCÊ TEM FEITO COMENTÁRIOS TANTO A RESPEITO DO RIO CACHOEIRA QUANTO DA POLÊMICA QUESTÃO DA REABERTURA DO LINGUADO .........COMO VOCÊ ANALIDA A QUESTÃO DO RIO CACHOEIRA E QUE MEDIDAS , EM SUA OPINIÃO , DEVERIAM SER TOMADAS PARA QUE ELE VOLTE A SER AQUELE RIO TÃO IMPORTANTE E VITAL NO PROCESSO DE CRIAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DE JOINVILLE ? CASO LUIZ VON DOKONAL FOSSE , SURPREENDENENTEMENTE NOMEADO SECRETÁRIO MUNICIPAL DO MEIO-AMABIENTE , QUAIS SERIAM AS PRIMEIRAS PROVIDÊNCIAS QUE TOMARIA EM RELAÇÃO AO HISTÓRICOE ICÔNICO RIO ? E QUANTO AO LINGUADO : O SEU FECHAMENTO FOI OU NÃO UM ERRO ? POR QUÊ ?
 
 
Sempre gostei de água. O entorno da ilha de São Francisco, em particular a Babitonga, é quase uma segunda casa, um lugar onde me sinto bem ( apesar de já ter naufragado duas vezes por estas águas... ). De 83 a 86 remei em um dos dois clubes da cidade ( sim, Joinville já teve clubes de remo muito ativos ), até os anos 90 volta e meia ia pescar com meu velho pela baia e lá por 97 comprei um caiaque que me permitiu fuçar cada canto dela. Caiacar  ( ABAIXO ) acabou virando uma paixão que tenho até hoje.

 
 
Joinville era uma cidade inteiramente ribeirinha até os anos 1910 ( ABAIXO , O ANTIGO PORTO DO MERCADO PÚBLICO ) , quando veio o trem que tirou boa parte da importância do rio, e deixou inteiramente de sê-lo nos anos 65 - 75, quando o asfalto e o caminhão tomaram conta de tudo. A falta de utilidade do rio como meio de transporte, aliada ao grande interesse da indústria em ter um lugar onde despejar seus dejetos e do poder público em ter uma grande latrina para esgoto doméstico e comercial sem tratamento, foram fatais para o rio.


 Nos anos 80 estudava no Celso Ramos e morava com meus pais e irmãos perto da antiga fábrica da Docol, então passava todo dia perto do Cachoeira de um jeito ou de outro ( nunca gostei de ônibus, então ia a pé ou de bicicleta ). Quando ia de bicicleta ( o que era bem comum ), passava pelas ruas que beiravam o Cachoeira, desde a ponte da Max Colin até o Mercado, pra evitar o trânsito do centro. Tinha tanto óleo na superfície do rio que duas vezes vi ele literalmente pegar fogo, os bombeiros tiveram que apagar com espuma, era surreal. Nem vida bacteriana tinha de tanta poluição industrial, você podia morrer se caísse lá dentro por conta de corrosão da pele ou pneumonia química.( SERÁ QUE A PESSOA - SE É QUE É UMA PESSOA - QUE JOGOU ISSO NO RIO CACHOEIRA TEM MORAL PARA CRITICAR OS POLÍTICOS ? )


 Graças a legislação federal e ao ministério público isto mudou muito, para melhor. A prefeitura foi obrigada a cumprir a lei. Ali por 2009 já tinha peixe no rio novamente e hoje em dia o esgoto deixou de ser “o” problema. Praticamente não há mais esgoto industrial na Bacia do Cachoeira ( ABAIXO , TRECHO DO RIO PRÓXIMO AO ARQUIVO HISTÓRICO ) e todos os comércios (principalmente postos de combustíveis) tiveram que se adequar. Com as obras de esgoto sanitário saindo (a passo de tartaruga, mas saindo...), a tendência é de ter cada vez menos esgoto no rio. Mas... os problemas agora são outros.


Sem a floresta, sem os brejos ( que deram lugar as casas)  e sem o esgoto doméstico, as fontes de água originais para abastecer o fluxo do rio ( principalmente os do norte e oeste da cidade ) estão bem pequenas, talvez pequenas demais para manter a vida que se criou no leito na região onde a água doce predomina. Talvez seja necessário fazer aquilo que já se fez em vários rios europeus: trazer água de algum manancial via canal ou tubulação, água sem tratamento algum, e jogar no leito do rio. Outro problema é a areia. Com a imensidão de casas e ruas, vem também uma imensidão de areia nas chuvas pra dentro do rio, que está assoreando rapidamente. Ele vai precisar ser dragado continuamente. Sem água e com muita areia um rio morre, mesmo que a água seja limpa 9 ABAIXO , TRECHO PRÓXIMO AO CENTREVENTOS ) .

 
 
O rio voltará a ter a importância do passado ? Do ponto de vista econômico, como via de escoamento/chegada de produtos, duvido. Não há ligação entre as indústrias e o rio. E o rio, mesmo que dragado, não permite a aproximação de embarcações de porte, e hoje tudo vai de container. Melhor levar direto das empresas para um porto de verdade de caminhão. Mas como via de transporte de pessoas, e principalmente como via turística, o rio é viável, sem dúvida ! Com uma dragagem simples, destas que ocorrem corriqueiramente nos rios Cubatão e Itapucu, daria pra cavar um canal de boa profundidade e largura até o Mercado. ( ABAIXO , EIS UM POSUDO MORADOR DO CACHOEIRA ........ALÔ , MILTON WENDEL : QUE BICHO É ESSE ?  )

 

 Canal decente, dois metros de profundidade mesmo na maré baixa, desde a entrada da Lagoa do Saguaçu, como antigamente. Isto iria permitir navegação regular, a qualquer instante e não só na maré alta. Ali onde hoje tá a fábrica da Ciser, que vai ser desativada e deixar uma área nobre vaga imensa, daria pra colocar uma bela marina, coisa do tamanho do JIC ( Joinville Iate Clube ) . Rio acima, na região do Centreventos, dá pra tirar a areia com trator e caçamba mesmo, e manter o rio como o santuário de vida que virou, um grande parque. É tudo coisa simples e barata, tecnologia do final do século dezenove........( ABAIXO , UM DOS MAIS ILUSTRES MORADORES DO CACHOEIRA EM UM MOMENTO , DIGAMOS , NICÁCIO TIAGO MACHADO )


Mesmo que o material retirado esteja contaminado por metal pesado ( o que “melou” a iniciativa de trazer a navegação de volta ao rio em 2006 e até pode acontecer na primeira ou segunda vez que fizerem a dragagem, por conta do histórico de poluição industrial ) , colocar ele numa balsa e jogar em mar aberto, onde vai diluir rápido e não causar danos, não é coisa de outro mundo. Aliás, é exatamente assim que o canal e bacia de evolução dos portos de São Chico e Itapoá ( ABAIXO ) são mantidos desde o final dos anos 70 : uma draga de grande porte saca o material, coloca em um reservatório e vai pra mar aberto jogar isto “fora”, onde o material não vai causar danos maiores.

 
 
A questão do Linguado... Se foi errado fechar ? Acho que, dado o custo de se fazer uma grande ponte na época, não foi. O tráfego marítimo ali já era bem reduzido nos anos 30, praticamente restrito a pequenos barcos de pesca, e - ao contrário do que se fala - não houve dano ambiental de peso, já que tanto um lado como o outro continuaram a ter acesso ao oceano. O mangue continua lá, firme e forte, do mesmo jeito que era nos anos 30. O aterro inclusive impediu que a poluição industrial de Joinville chegasse até Barra do Sul.  "Ah, Doko, mas tem o assoreamento pelo lado da Babitonga "....... Bom, o assoreamento tem muito mais a ver com o desmatamento e a poluição que vem de Joinville do que qualquer outra coisa. A Babitonga inteira assoreou, e isto pouco tem a ver com Linguado aberto ou fechado. ( EIS A FAMOSA PONTE DEFERRO QUE EXISTIU ALI POR AQUELAS BANDAS ENTRE 1906 E 1935 )
 
 
O assoreamento, inclusive, é o grande problema da reabertura. Há uma quantidade gigantesca de lama poluída sedimentada dentro da Babitonga, particularmente no entorno da Ilha do Mel. Há uma coluna de três a dez metros ( alguns lugares até mais ) de lama por todo canto. Se forem criadas correntezas fortes, ou se o material for dragado, toda poluição química sedimentada do tempo que Joinville era um polo têxtil e metalúrgico, que hoje tá lá quietinha, volta a ficar suspensa na água e ser absorvida pela vida marinha. ( EIS UMA VISÃO AÉREA  DE UM TRECHO DA TÃO POLÊMICA RODOVIA SOBRE O CANAL )
 
 
E o que acontece se deixar tudo como tá ?  Simplesmente o manguezal vai progressivamente cobrir aquilo que assoreou pelo lado da Babitonga ( já está acontecendo ) , e por várias décadas tudo vai ficar do jeito que é hoje no lado da Barra do Sul ( ABAIXO , EIS A BOCA DA BARRA DO SUL ) , já que lá o assoreamento é bem mais lento ( bom, isso se o pessoal da Barra do Sul e de Araquari pararem de desmatar e jogar esgoto na lagoa... ).
 
 
Então, olha só : deixar fechado, do jeitão que tá, fica longe de ser o pior dos mundos e, de quebra, facilita-se a duplicação da 280 ( ABAIXO ) sem a necessidade de uma ponte. Já a reabertura trará ganhos mínimos ( se é que trará algum ) para a sociedade que vai pagar pela gigantesca obra ( duvido que a reabertura ali custe menos de meio bilhão, além de precisar de manutenção constante mais tarde ). Tenho pouca dúvida que é justamente por conta do dinheiro necessário a esta obra, e não do benefício que eventualmente represente, que tem tanto político querendo isso e posando de paladino do meio ambiente.......
 
 
 
E se eu fosse o Secretário de Meio Ambiente ? Bom, supondo que eu não tivesse o rabo preso com interesses ocultos ( o que é bem difícil na Prefeitura de Joinville ) e se realmente pudesse trabalhar em prol da sociedade que elegeu o governo ( e não da turma que financiou a campanha ) , aceleraria as obras do esgoto sanitário, iniciaria o desassoreamento, faria um estudo sério para ver como manter o fluxo de água doce e iniciaria os trabalhos para transformar todo o entorno do Rio Cachoeira em parque municipal, coisa parecida com aquilo que existe ali na beira do Cachoeira no Costa e Silva. E manteria a rédea curta na fiscalização de empresas e comércios quanto ao cumprimento das leis ambientais. ( ESSA É DAS ANTIGASE DO TEMPO EM ALI ENTRAVAM NAVIOS  : UMA VISÃO DO ANTIGO PORTO DO MERCADO PÚBLICO , EM FOTO POSSIVELMENTE DA DÉCADA DE 20 )
 
 
 
 
 
 
 
4- AGORA IREMOS À SUA PRAIA : A ENGENHARIA .......QUE ANÁLISE VOCÊ FAZ DO PANORAMA TÉCNICO-CIENTÍFICO DE JOINVILLE NO MOMENTO ? O EXPRESSIVO NÚMERO DE ALUNOS DA REDE PÚBLICA MUNICIPAL CONTEMPLADOS COM PRÊMIOS A NÍVEL NACIONAL NA ÁREA CIENTÍFICA , É UM SINAL DE QUE ESTAMOS NO CAMINHO CERTO OU ISSO É APENAS UMA "MAQUIAGEM " ? CASO O ZÉ LAMABANÇA , OPS ! , PREFEITO UDO DOEHLER MUDASSE DE IDEIA E AO , AO INVÉS DE NOEMÁ-LO SECRETÁRIO MUNICIPAL DE MEIO-AMBIENTE , O ESCOHESSE COMO O NOVO SECRETÁRIO DE CIÊNCIA , TECNOLOGIA E INOVAÇÃO - SE É QUE ESSA SECRETARIA EXISTE - , QUAIS MEDIDAS TOMARIA NÃO SÓ PARA INCLEMENTAR O DESENVOLVIMENTO TÉCNICO-CIENTÍFICO DA CIDADE COMO TAMABÉM PARA ALIAR CIÊNCIA E CULTURA E , PRINCIPALMENTE , ESTIMULAR A A GAROTADA DAS ESCOLAS PÚBLICAS A SE INTERESSAR POR CIÊNCIA ?
 
MISTER DOKO - Os prêmios : É sempre bom ver alguém da casa ganhar prêmio. Mas o que realmente importa é como a moçada se sai na média, é isso que avalia se a escola é boa. Já participei de muitos Prêmios ( ABAIXO , EIS MISTER DOKO , PRESTES A DECOLAR A SUA DOKONAVE ) , tanto do lado da promoção como do lado do inscrito/concorrente. São uma ótima maneira de fazer marketing, mas quase inócuos como instrumentos de medição de desempenho do que quer que seja. Prêmios à parte, no ensino fundamental ( ou seja lá o nome que dão aos primeiros nove anos de escola, na minha época eram oito e chamava primário......) ,
 
 
 
Joinville vai muito bem em relação ao resto do Brasil ( apesar de estar abaixo da média se comparada com o resto do mundo civilizado – só ver os testes padronizados da PISA ). Escola municipal é coisa que tradicionalmente funciona bem aqui, de longa data. Estudei de 1976 até 1978, da primeira até a terceira série, em escolas municipais. Saí completamente alfabetizado e sabendo fazer contas com as quatro operações básicas, coisa que metade dos egressos do ensino médio brasileiro atual não pode afirmar........Isso do valor da escola veio junto com os colonizadores e ficou ( FALANDO NISSO , EIS A ANTIGA DEUTSCHE SCHULE , OU ESCOLA ALEMÃ , QUE FUNCIONOU ENTRE 1866 E 1938 E CUJO PRÉDIO FELIZMENTE AINDA ESTÁ DE PÉ ) .
 
 
 
Panorama técnico-científico : não dá pra falar do panorama técnico ou científico próprio de uma cidade, especialmente num país do tamanho do Brasil. Ciência e tecnologia são coisas que dependem muito de políticas nacionais, que precisam de décadas para se levar a cabo. Mas, mesmo eximindo a administração municipal de culpa ( que ela tem e muita em muita coisa, mas não nessa...... ) , dá pra afirmar que Joinville perdeu muito mais do que ganhou com o fim do ciclo industrial capitaneado por gente local. Trabalhei quase ¼ de século em pesquisa e desenvolvimento de motores elétricos e aratacas correlatas, primeiro na Embraco e depois na Whirlpool ( ABAIXO , MISTER DOKO CONSTRUINDO A SUA DOKONAVE ) , então falo de experiências em primeira pessoa... ( mas a estória se repetiu em praticamente todo setor industrial da cidade, onde tive e tenho muitos amigos e ex-colegas de faculdade ).
 
 
 De empresas essencialmente locais com desenvolvimento de produtos forte ( ABAIXO , EIS A ANTIGA FÁBRICA DA TIGRE- À ESQUERDA DA FOTO -  , QUE FUNCIONAVA ENTRE AS RUAS BAHIA E EUGÊNIO MOREIRA , NO BAIRRO ANITA GARIBALDI . A FOTO É DA DÉCADA DE 60 ) , empresas baseadas em inovação e empreendedorismo, as grandes empresas da região viraram satélites de projetos globais maiores, onde o centro de decisão está longe daqui. Vi setores de engenharia inteiros sumirem ( ou virarem sombra do que já foram ) em todo canto. Vi empresas sumirem. Aconteceu por vários motivos. O primeiro é que os concorrentes ( na maioria estrangeiros ) evoluíram, e muito. O Brasil ficou pra trás na corrida industrial. Teve uma boa dose de amadorismo de gestão. Teve picaretagem. Teve também as políticas equivocadas do país, que do ponto de vista industrial se meteu em um buraco do qual vai ser difícil e penoso sair. Sem proteção de mercado, nada mais se sustenta por aqui, é impressionante.
 
 
 Meu último trabalho antes do grupo de engenharia onde trabalhava ser extinto ( hoje em dia vivo de “bicos” de consultoria e gasto a maior parte do tempo terminando um Doutorado na UFSC ) foi num estudo cujo plano era fazer aqui uns componentes elétricos especiais que são usados em lavadoras de roupas ( ABAIXO )  modernas ( essas que parecem uma nave espacial e gastam menos de 1/3 do volume de água que as mais antigas usavam ) , coisa que por uma série de motivos os fornecedores tradicionais não queriam fazer. Ia ser um produto de exportação. Feitas as contas e desenvolvidos os produtos, que utilizaria linhas altamente automatizadas, um engenheiro que trabalhava comigo, muito competente, descobriu que fazer aqui era não só mais caro que fazer na China. Era mais caro que fazer........até nos Estados Unidos.
 
 
É difícil ser otimista quanto ao futuro da engenharia e da indústria nacional num cenário destes. Mas fico feliz por pessoas que conheci no caminho da engenharia. A imensa maioria dos engenheiros que trabalharam comigo ( ABAIXO , MISTER DOKO ACOMPANHADO DE SUA INSEPARÁVEL "CERVA " E UMA PERGUNTA : ESTARIA ELE , NO MOMENTO EM QUE FOI TIRADA A FOTO , VENDO - AO VIVO E A CORES - UM STRIP TEASE DA GOSTOSÍSTICA ISADORA RIBEIRO ? ) não está mais nas empresas daqui, e pelo menos metade deles está trabalhando fora do país. Ex-colegas de trabalho hoje estão em todo canto do mundo, usando muito bem o que aprenderam aqui. Grande parte da inovação em engenharia de refrigeração, mundo afora, está sendo feita por gente que era meu vizinho de mesa na Embraco. Prova de que se tem uma coisa que não faltou – na realidade sobrou – era gente de qualidade pra fazer ideias virarem produtos.
 
 
 
Do ponto de vista de centros de pesquisa de verdade, Joinville é um caso extremamente curioso. É ( ou era, não sei mais ) um polo industrial e tem uma faculdade de engenharia desde os anos 60, faculdade esta que é parte de uma universidade pública estadual desde o fim dos 70. Esta faculdade, em todo este tempo, sempre teve uma participação modesta na vida da sociedade que a criou. Raramente se envolveu nos problemas de engenharia das empresas, exceto talvez em uns poucos casos de engenharia civil. Mais raramente ainda trouxe alguma inovação. ( ABAIXO , UMA VISÃO DO CAMPUS DA UDESC JOINVILLE )
 
 
 Sempre foi apenas um lugar restrito a dar formação básica para alunos se transformarem em engenheiros. Mas não é só na engenharia que isto acontece. Na cidade tem uma imensidão de cursos superiores, em todas as áreas. A maioria inexpressivos em instituições inexpressivas como geradores de conhecimento. A imensa maioria apenas cumprindo o essencialmente necessário para manter portas abertas ( e o dinheiro entrando..... ) . Pelo que sei, está perto de trinta mil o número de estudantes em cursos superiores por aqui. Mas e aí, Joinville ( ABAIXO ) tem alguma chance de ser um expoente em alguma área de conhecimento que seja ? .......Cri, cri, cri, cri.......( MÚSICA DE SUSPENSE , PLEASE ! )
 
 
 
" Mas alguma coisa boa deve ter sobrado né ,  Doko ??? " . Bom, tem alguma coisa. Pipocaram aqui e ali algumas coisas novas, que a cidade nunca teve. Empresa de software por exemplo. É coisa que ficou séria de menos de vinte anos para cá. E de automação industrial avançada. O problema é que estas empresas, tanto em faturamento como em circulação de riquezas, são muito pequenas. Pra não falar que exigem uma mão de obra altamente qualificada, quase inexistente por estas bandas. Mas talvez aí esteja o caminho, ou um dos caminhos. Se eu ( XIIIIIII......PELO JEITO MISTER DOKO NÃO GOSTOU MUITO DA BEBIDA......) fosse Secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação, seria por aí que tentaria fazer algo, facilitar ao máximo a vida de gente tentando desenvolver ou pelo menos trazer tecnologia para a cidade.
 
 
Fazer a molecada que leva jeito se interessar por ciência, em um mundo como o de hoje, cheio de recursos poderosos e baratos, feito os " Arduinos " da vida ( https://pt.wikipedia.org/wiki/Arduino ), é fácil. Difícil é formar professor a altura... Então uma boa dose de investimento tem que ser feita na formação dos professores ( ABAIXO ) , especialmente de física e ciências. Só copiar aquilo que os " japas "  e coreanos fizeram, não precisa inventar moda. Mas, como falei, a questão da tecnologia e ciência é muito mais nacional do que municipal.
 
 
O dinheiro do imposto que as empresas pagam vai para o governo do estado e federal, uma mixaria fica no lugar, então querer empurrar pros municípios esta responsabilidade é até injusto. Mas agora vai um desabafo de quem labuta na ciência e engenharia faz quase trinta anos : as vezes penso que o Brasil industrial ( EIS A REVENDEDORA DE AUTOMÓVEIS DA MARCA CHEVROLET 'TRINKS E IRMÃOS " , QUE FUNCIONAVA NA ESQUINA ENTRE AS ATUAIS RUAS XV DE NOVEMBRO E JOÃO COLIN ) , capaz de competir mundo afora, foi uma miragem, algo que só se viabilizou por um certo tempo por conta da imigração europeia trazida pela “política de branqueamento” da Coroa Brasileira logo após a independência e que teve seu pico lá nos tempos de início da república.
 
 
Só que, infelizmente, a onda industrial perdeu a força de imposição cultural por pura questão numérica ( a questão da turma ter parado de ter filho bem mais cedo que o resto dos brasileiros que falei acima ).  Hoje, pela dificuldade em manter indústria avançada competitiva e pelo êxodo em massa de gente qualificada do país, está ficando difícil acreditar em indústria e ciência forte  ( ABAIXO ) por aqui. Pelo menos no horizonte de tempo de 20 ou 30 anos que consigo conceber. Adoraria estar errado nisso.
 
 
 
5 - POR ÚLTIMO , QUE MENSAGEM GOSTARIA DE DEIXAR AOS LEITORES DO BLOG ALAMEDA CULTURAL ?
MISTER DOKO - Joinville é uma cidade com boa conformação geográfica, disponibilidade de recursos naturais e gente boa e trabalhadora em sua imensa maioria. Tem um passado riquíssimo ( FALANDO EM PASSADO , EIS A CASA - FELIZMENTE AINDA DE PÉ - , ENTRE AS RUAS MARINHO LOBO , RIO BRANCO E SETE DE STEMBRO E ONDE NO PRINCÍPIO DOS ANOS 70 FUNCIONOU A PRIMEIRA SEDE DA POLÍCIA MILITAR NA CIDADE ) e é cercada de lugares de natureza deslumbrante. Apesar de estar em um país cujas perspectivas para a próxima década não sejam das melhores, está bem melhor do que a média do país e até do que a média do Sul do país.
 
 
É um lugar onde quase tudo que deu errado ainda tem jeito, mas se não evoluir vai se tornar um pequeno Rio de Janeiro, um lugar que vive de glórias passadas e desastres presentes, tendo no crime, na fraude e na contravenção as principais fontes de renda de sua “elite”.  Há motivos para confiança no futuro, mas diria que, francamente, as lideranças ( principalmente locais e estaduais - ABAIXO , EIS UMA DESSAS LIDERANÇAS : UDO DOEHLER , A QUEM TODOS CHAMAM CARINHOSA E AMOROSAMENTE DE ZÉ LAMBANÇA ) estão fazendo pouco caso de problemas muito sérios por estas bandas, estão fazendo o joinvillense de trouxa, e não é coisa recente, apesar de ter piorado bastante nos últimos anos.
 
 

 


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