segunda-feira, 19 de setembro de 2016

O Poder do Olhar

Os mais velhos com certeza se lembram : dentro do interminável programa apresentado por SILVIO SANTOS  , que começava pela manhã e que adentrava pela noite de domingo , havia um sessão de fatos curiosos e inusitados , chegando até a serem bizarros . Diante de tamanha bizarrice o locutor , e também o próprio apresentador-empresário , repetia uma frase que marcou época nestas mais de 60 anos de televisão brasileira : " ISTO É INCRÍVEL ! " .....Essa mesma frase de espanto e incredulidade também poderia ser aplicada ao caso a seguir , que , diga-se de passagem , realmente aconteceu : o ano era o longínquo 1942 e um cidadão chamado MAURICE H.PIRENNE , morador da cidade norte-americana de Chicago , conseguiu a proeza de em PLENA ESCURIDÃO enxergar 5 QUANTA ( unidade utilizada para medir a luz ) de luz disponível  graças aos bastões fotorreceptores de sua anormal retina ( os BASTÕES são as células maiores e mais escuras de nossas retinas e que são os únicos receptores de nossos olhos que funcionam mesmo quando em um ambiente escuro ou de pouca luminosidade ) .....Xiiiii, com certeza você não entendeu nada ! Agora traduziremos do CIENTIFICÊS  para o português : em meio a escuridão o anormal cidadão que acabou de ser citado ( teria sido ele um super homem ? ) conseguiu enxergar um flash de luz azul medindo 500 milímetros .....Bom , nós conhecemos uma pessoa que tem uma VISÃO melhor do que a desse cidadão , pelo menos do ponto vista LÍRICO : o nome dessa garota , nascida em Joinville , é RITA DE CÁSSIA ALVES ( na verdade ela já passou dos 50 anos há muito tempo mas o seu espírito é jovial ) e neste princípio da penúltima semana de setembro ela nos brinda com os inspirados versos a seguir .....CONFIRA : 

                                                            "    Ardem meus olhos.

 A íris sem o arco projeta 
 o cisco. 


 Dele vem a visão do
 apaixonamento :

 dentro
 somos nós, liames do
 mesmo.


 Pestanas e cílios acasalam

 o rosto na moldura do outro.


 Diferente da voz, queimamos

 a sílaba que desenha o
 amor, 


essa vela sobre a mesa. "

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