segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

Fazendo A Diferença

Isso não é uma invenção e sim um fato real : NO JAPÃO , O ÚNICO PROFISSIONAL A NÃO TER A OBRIGAÇÃO DE SE CURVAR DIANTE DO IMPERADOR É O PROFESSOR , POIS ENTENDE-SE QUE SEM PROFESSORES NÃO HÁ UM PAÍS DE IMPERADORES ...........O resultado disso todos conhecem : um pais que saiu da assassina Segunda Guerra Mundial derrotado e humilhado e ainda com duas  de suas maiores cidades completamente arrasadas - Hiroshima e Nagasaki - em pouco tempo conseguiu não apenas se reerguer como também mostrar todo o seu poderio ao mundo : já em 1964 a cidade de Tóquio sediou uma Olimpíada e no mesmo ano inaugurou a primeira linha do mundo com o TREM -BALA  . Um país que tem a terceira menor taxa de mortalidade do mundo e a maior espectativa de vida , com uma média de 80 anos de vida . Um país que é um dos líderes mundiais  em ciência e tecnologia ( o Japão tem o  terceiro maior orçamento destinada a esse setor )  , especialmente nas áreas de mecânica , informática , astronomia , óptica , eletrônica , química e robótica . Um país  cujos torcedores de sua seleção de futebol  deram um verdadeiro show de educação e civilidade na última Copa , recolhendo o próprio lixo ...........Agora voltaremos a dura realidade tupiniquim ..........segundo a mentalidade dos antigos colonizadores portugueses "pobre tinha que trabalhar e servir  e não estudar " e graças a essa mentalidade criminosa  os analfabetos só deixaram de ser a maioria da população na década de 1950 . O resultado é isso que estamos cansados de ver : um povo acomodado e alienado , sem educação e que não apenas despreza o professor como o ridiculariza , e em certos casos , até o violenta......Na crônica de hoje o escritor traz exemplos de duas  professoras , ou melhor , de duas verdadeiras heroínas , sendo que graças a pessoas como elas o Brasil ainda tem algum futuro ........CONFIRA :

"sta semana recebi um pedido de entrevista dos alunos da professora Mariza, de Joinville. Eles me pediram, em uma das questões, um conselho para os estudantes, no que diz respeito à leitura e educação. Eu respondi que deveriam ler muito e escrever também,



 mas sobretudo, aproveitassem ao máximo a professora que eles têm, uma pessoa dedicada que lhes incutiu o gosto pela literatura 



e desenvolveu neles a criatividade e capacidade de realização.


Ao receber a mensagem da professora Edna, de Minas, falando de seus alunos e da sua luta para o mesmo objetivo da professora Mariza, de Joinville, não pude deixar de perceber as semelhanças e, principalmente, como temos bons professores por esse Brasil afora .


Disse-me a professora Edna que um de seus alunos lhe perguntou, outro dia, a propósito do empenho dela em fazê-los gostar de leitura: “Porque a senhora não desiste de nós?” A resposta da professora: “Jamais, se posso fazer diferença em sua vida. Se tento chama-los para o mundo dos livros é porque acredito que vocês são capazes.”


E ela não desiste mesmo, assim como a professora Mariza em Joinville. Além do trabalho na sala aula, a professora Edna sai à rua para angariar livros para oferecer aos alunos, para formar novas bibliotecas na comunidade, para ampliar a biblioteca da escola, para colocar livros não só nas mãos dos estudantes, mas também nas mãos de todos os integrantes das suas famílias.

Quando digo, indignado, que estão desconstruindo a educação brasileira, que estão falindo os nossos sistemas de ensino, não falo de professores como dona Edna e a minha conterrânea Mariza, mulheres lutadores e valentes, com uma garra inesgotável, que agregam valor a essa profissão tão importante para o nosso futuro. Eu me atrevo a afirmar, inclusive, que é a profissão mais importante que há, porque é o professor que forma o cidadão que vai exercer todas as outras profissões pela vida afora, inclusive a de novos mestres.


Professora Edna, obrigado por não desistir de seus alunos. Professora Mariza, também. Meu tributo de respeito e admiração a vocês e a tantos outros professores do seu calibre, que honram a missão de transmitir conhecimento aos nossos filhos,

 para que eles sejam adultos educados e capazes no futuro e possam dirigir este nosso Brasil com mais honestidade e consciência .


Como disse a professora Edna, com muita propriedade, “se tiver um só de meus alunos que se tornar leitor até o final do ano, com certeza a minha missão terá sido cumprida. Não vamos esperar que o Brasil mude apenas com as promessas dos políticos, porque essas podem demorar muito, se é que vão acontecer. Mas se posso mudar o mundo que me cerca, com certeza eu o farei.”

 Parabéns, professora. Com certeza, as coisas começam a mudar assim. Com alguém corajoso e dedicado fazendo alguma coisa ao seu redor. Mas não esqueçamos, nós, pais dos estudantes, de cobrar de nossos governantes melhores condições de trabalho para nossos professores, um pagamento decente,


 condizente com a importância da profissão, qualificação sempre sendo atualizada. Nossos mestres merecem que cuidemos dele com a mesma dedicação que eles cuidam de nossos filhos.

E não esqueçamos, também, de incutirmos o respeito e reconhecimento de nossos filhos por seus mestres. Eles precisam saber valorizar a importância que o professor tem em nossas vidas, em nosso futuro. "

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