Em 1973 a última grande mudança : a antiga cervejaria Catarinense passa a se chamar COMPANHIA SULINA DE BEBIDAS ANTÁRCTICA , e em 1992 , inexplicavelmente , encerra suas atividades ...........Em 2000 , após anos de abandono , a prefeitura de Joinville adquiriu o antigo prédio : no local onde outrora fabricava-se uma das melhores e mais cobiçadas cervejas do Brasil , dentro de pouco tempo se tornaria um centro de cultura , diversão e arte . Fantástico projeto , melancólica e triste realidade..........o espaço está praticamente abandonado e os artistas que se apresentam no local ( peças teatrais e exposições de arte plástica ) dividem espaço com um órgão público , o que vai totalmente contra o projeto original da assim chamada CIDADELA CULTURAL . Um dos vídeos postados há pouco mostra um grupo de artistas que se dirigiram à prefeitura tentando mudar esse estado de coisas . VALE A PENA CONFERIR !
sexta-feira, 23 de janeiro de 2015
Centro de Cultura ?
Na Alemanha a CERVEJA é coisa séria : uma velha norma datada de 1517 determina de que maneira a uma cerveja deve ser feita . Pode-se dizer que a cerveja joinvilense praticamente nasceu junto com a cidade , visto que das primeiras e pequenas indústrias que surgiram nos primeiros anos da então colônia Dona Francisca várias delas eram cervejarias ( uma dessas primeiras cervejarias pertencia a família suíça SCHMALZ e na falta do lúpulo , usava milho como sua principal matéria -prima ) . Além do gosto pela cerveja , o imigrante ALFRED TIEDE desembarcou aqui em 1881 disposto a começar uma nova vida e escolheu como local desse recomeço um lote de 5,50 morgos ( equivalente a 2.400 metros quadrados ) na então MITTELWEG ou RUA DO MEIO ( a atual Rua XV de Novembro ) , curiosamente o local onde a princípio os imigrantes suíços se concentraram . Sua profissão ? Cervejeiro , e juntamente com outro imigrante ele fundou a cervejaria TIEDE E BAYERSTEDT , que durou pouco tempo . Em 1 de janeiro de 1889 ele criou a CERVEJARIA TIEDE , que também fabricava gasosas , licores e até xaropes de frutas e em 1904 ele faleceu , aos 50 anos . Tendo apenas um filho adotivo de 11 anos , que coincidentemente tinha o seu mesmo nome e também era seu sobrinho , a pequena cervejaria foi administrada até 1915 por sua víúva , MATHILDE ; naquele ano o filho-sobrinho assumiu o comando da empresa e mudou seu nome para CERVEJARIA CATHARINENSE . Na década de 20 a cervejaria já tinha 80 empregados , era a maior do Estado e funcionava no mesmo local onde morava seu fundador ; nessa mesmo época ela produzia 7 marcas de cerveja ( OURO , PILSEN , CATHARINENSE , PORTER , CLARINHA , MUNCHEN e SEM RIVAL ) e ainda refrigerantes . Na década de 50 a maior de todas as mudanças : a cervejaria ( FOTO ABAIXO ) foi adquirida pela COMPANHIA ANTÁRCTICA PAULISTA . Tornou-se dentro de pouco tempo uma das maiores cervejarias do Brasil , com filiais em cidades como Curitiba e Caxias do Sul . A água utilizada na fabricação das cervejas e que era a grande chave de seu sucesso vinha de duas fontes : uma no terreno da própria empresa e outra na rua Padre Anchieta , por onde era escoada até a empresa através de uma tubulação subterrânea .
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