sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Micro Entrevista: escritor JURA ARRUDA

Em 1971 o Brasil vivia um de seus momentos de maior crescimento econômico e ao mesmo tempo a nada saudosa ditadura militar estava no auge,impulsionada por obras faraônicas e pela conquista da Copa do Mundo do ano anterior.Em um período ao mesmo de tempo de euforia e repressão nascia na chamada "Paulicéia desvairada",a cidade de São Paulo,um menino chamado Jurandy Arruda.Aos 13 anos ele mudou-se com sua família para Joinville e ainda na adolscência tentou ser jogador de futebol.O futebol pode ter perdido um atleta mas a cultura de Joinville ganhou um grande militante...... O menino cresceu e tornou-se publicitário,mas a arte estava em seu sangue....Ele também acabou tornando-se escritor ,autor de livros como SAPO FRITZ e UM PÉ DE ÁRVORE QUE DÁ O QUE FALAR,e um dos mais atuantes escritores no cenário literário de Joinville,sendo um dos líderes de duas entidades que reúnem escritores da cidade:CONFRARIA DO ESCRITOR e ASSOCIAÇÃO CONFRARIA DAS LETRAS.Ele também é autor de peças teatrais com a recente NÓS E UM LAÇO.Foi um dos apresentadores do programa de rádio CHILLI MAGAZINE ,entre 2005 e 2006, na rádio Globo de Joinville.E de vez em quando aparece aqui no ALAMEDA CULTURAL....o escritor JURA ARRUDA(FOTO ABAIXO) mais uma vez pede passagem.CONFIRA A SEGUIR A MICRO ENTREVISTA: 1-COMO SURGIU SEU INTERESSE TANTO PELA LITERATURA QUANTO PELO TEATRO? O QUE O LEVOU AO MUNDO ARTÍSTICO? JURA-Foram momentos distintos, eu acho. O teatro me pegou primeiro. Lembro que eu tinha uns nove anos, quando montei um espetáculo com um amigo. Era algo mais circense, com número de mágica e encenação de piadas. Fazíamos apresentações em uma casa em construção na nossa rua. A literatura começou a fazer parte da minha vida depois, quando li vários títulos da Coleção Vagalume(FOTOS ABAIXO). Aqueles livros marcaram meus dias e fizeram-me começar a pensar em ser escritor. Coisa que aconteceu bem mais tarde. 2-COMO É SER ARTISTA EM JOINVILLE?QUAL É A REAÇÃO DAS PESSOAS DIANTE DO TRABALHO DO JURA ARRUDA ARTISTA? JURA-Ser artista em Joinville é como ser artista em Londres.(FOTO ABAIXO) Acho que os sonhos, a sensibilidade e as descobertas são as mesmas, o que muda, talvez sejam as condições financeiras, o que também nos leva a diferenças técnicas de produção. Mas a criação artística tem a mesma nascente, que vai em busca da foz, carregada de significados e sentimentos. 3-COMO É O SEU PROCESSO DE CRIAÇÃO DE UM LIVRO?E DE UMA PEÇA TEATRAL? JURA-Não sou metódico. Meus processos criativos variam bastante. O que sei é que parto sempre de uma questão minimalista, depois vou ampliando. Quando chego ao final, já repassei várias vezes o texto, porque a cada capítulo ou cena que avanço, volto e releio tudo, para ver se há fluidez, ritmo e coerência. Depois de terminado o texto, eu o deixo descansar. Alguns dias se possível, para depois reler. Com o distanciamento criado, consigo ver e corrigir alguns erros e até redirecionar a história, se for necessário. 4-O QUE O DEIXA REALIZADO COMO ARTISTA? JURA-O ponto final. Terminar um livro, uma peça ou um roteiro é uma vitória. Chegar ao final é o grande barato. Depois disso, claro que ver seu texto encenado é realizador. Mas no caso da literatura, você não tem idéia de que em momento seu texto está sendo lido, nem que emoções ele está gerando, mas ter o retorno do leitor é sempre gratificante. É como ouvir 'você fez um bom trabalho. Siga em frente'. 5-POR ÚLTIMO QUE MENSAGEM DEIXARIA AOS LEITORES DO ALAMEDA CULTURAL? JURA-A vida não foi feita para que lutemos diariamente pela sobrevivência. Ela está aí com mil facetas, com infinitas luzes e muitas sombras. A vida está cheia de sabores. Experimentá-los pode ser uma ótima aventura. Vamos experimentar, pois, seja lendo um livro, indo ao teatro ou fazendo um churrasco com os amigos. No final, não vai sobrar nada. Será uma pena ter deixado de viver o que a vida nos oferece. Divirtam-se, senhores!

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