segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Em defesa das Ritinhas

Não,esse texto não tem nada a ver com a poetisa RITA DE CÁSSIA ALVES,presença constante aqui no ALAMEDA CULTURAL!O título deste texto tem a ver com o nosso personagem de hoje e foi escrito pelo advogado e escritor CARLOS ADAUTO VIEIRA.Nascido em Lajes mas criado em Florianópolis,o texto tem leve toque de humor "manezinho" com "pitadas" de protestos contra a situação das centenárias e tradicionais comunidades de pescadores e o desrespeito aos pedestres e também de um pouco de ecologia.CONFIRA: "Soube,porque li mais uma reportagem contra o cidadão contra o cão que lhe latiu e de quem amputou um pedaço da perna traseira com seu facão.Vivi episódio parecido lá em Ubatuba,belíssimo balneário francisquense,(FOTO ABAIXO) quando passeava com nossa cadela ,Rita Lee,assim apelidada quando apareceu no Hotel Porto da Paz em Itaguaçu,outra praia tranquila,(FOTO ABAIXO) toda coberta de várias pinceladas de tintas das mais diferentes matizes. É uma legítima street bitch,mas muito linda e querida,que adotamos,chamando-lhe de Ritinha,hoje já na melhor idade. Pois gostava de passear com ela pela tranquila praia em minhas caminhadas diárias pela manhã cedinho.Seguia-me obediente aos meus assobios. Era sempre de manhã a caminhada para poder assistir à jogada das canoas e das redes de pesca ao mar e a sua chagada com os lanços bons ou maus.Um processo secular,pitoresco, que apenas mascara uma miséria permanente e crescente.Cada dia menos peixes. Há séculos,parece que não há uma inovação nesta maneira de pescar.E,ali,há cinco séculos,todo o trabalho de jogar a canoa na água ou a retirar para o rancho e examinar o resultado do lanço na rede,na areia, é no muque. Além de não receberem os pescadores permanentes lições sobre criações de pesqueiros ou dos próprios peixes.Governantes de antes ou de agora nunca os viram (pescadores,muito menos canoas e redes)senão como atrativo turístico,não ganharam um guincho da sua colônia de pesca para evitar que o trabalho puramente braçal de puxar a rede de dentro da água e a canoa para dentro do rancho. Numa dessas manhãs ,qunado as canoas começavam a aportar à areia,um ciclista passou por nós, a toda,em direção a uma delas,,na esperança de ser o primeiro a adquirir o fresco pescado apanhado no lanço. Ritinha,brincalhona,correu atrás dele ,latindo e,qunado ele reagiu,tentando atingi-la com o pé esquerdo,ela deu-lhe uma leve mordida. O ciclista arrrancou de uma faca,ameaçadoramente,obrigando-me a intervir a favor dela. -Não sabe que não pode passar com animais pela praia? É proibido!-gritou para mim. Interrompi minha caminhada e,sem perder a tramontana,respondi-lhe: -Nem andar de bicicleta voando pela areia! Sumiu!"

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