sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Micro entrevista: professor JULIANO CARVALHO BUENO

Ele sempre marca presença aqui no ALAMEDA CULTURAL,em suas próprias palavras é um "joinvilense da gema",já foi candidato a vereador em 2008 pelo pequeno Partido Verde,tem um blog enfocando a área política da cidade chamado FEUDALISMO ATUAL(para acessá-lo basta digitar o nome do blog no google) e exerce uma profissão quem outros países é tratada com respeito e nobreza,mas que no Brasilé desconsiderada e ridicularizada.Este é JULIANO CARVALHO BUENO(FOTO ABAIXO),professor de História na rede pública escolar estadual.Aseguir ,mais uma vez,ele expõe seus pontos de vista.CONFIRA: 1-VOCÊ TEM UM BLOG ENFOCANDO A ÁREA POLÍTICA DE JOINVILLE,O QUE FEZ VOCÊ TER ESTE ESPÍRITO CRÍTICO? JULIANO- Sou joinvilense da gema, e nasci e cresci numa época onde o brasileiro era obrigado a honrar a pátria. Por isso na escola idolatrávamos a pátria, o estado e a cidade. Cresci ouvindo meu avô, pai e vizinhos falarem sobre ARENA e MDB.(OS ÚNICOS PARTIDOS POLÍTICOS TOLERADOS PELA DITADURA MILITAR,VER CHARGE ABAIXO) Aliás, na casa de minha avó, tinha um imagem de Getúlio Vargas(FOTO ABAIXO) na cozinha...pensava que ele era meu parente! Dã!!! Meu avô dizia que ele foi o melhor presidente que o Brasil já teve. Na escola sempre gostei de História e Geografia e os professores gostavam quando eu participava. Até era xingado pelos colegas. Foi no curso de História em contato com os livros e trocando ideias com professores e colegas que peguei mais gosto pela política. Na faculdade debatíamos sobre tudo que acontecia em Joinville: políticos - empresários - futebol - educação - saúde - maçonaria - igreja - carnaval e muito mais. Sinto saudade daquela época. 2-COMO VOCÊ EXPLICA O DESCASO QUE EXISTE NO BRASIL COM A CULTURA ,ESPECIALMENTE A EDUCAÇÃO? JULIANO- No Brasil não existe educação. O que existe é ensino. Vivemos um faz de conta na educação. Na atual sociedade não precisamos mais de educação e cultura para ganhar dinheiro. Nem a classe média se preocupa mais em adquirir cultura. Aqui no Brasil o povo não percebe que uma pessoa com mais educação tem mais consciência e por isso vive melhor. A educação só é vinculada a um ganho financeiro, por ninguém valoriza. Sem esquecer que o próprio professor não é valorizado pelo governo e nem pela sociedade. 3-COMO VOCÊ DEFINE JOINVILLE E O POVO JOINVILENSE? JULIANO- Hoje nossa população está estimada em 550 mil . Os interesses são diversos. A maioria do povo é individualista e se preocupa apenas com o seu quintal. Como a maioria da população é de fora, essas pessoas não se identificam com a cidade e não lutam pelo bem estar da cidade. Sem esquecer que essa população vota em qualquer político. Os joinvilenses nativos são minoria e estão envelhecendo. Os novos não tem um projeto de cidade para o futuro. Culturalmente estamos muito atrasados até em relação a cidade menores. Não temos ainda um teatro municipal. O poder público é usado para fazer politicagem e beneficiar determinados políticos para se perpetuarem no poder. O neocoronealismo renasceu em Joinville. Estamos indo na contramão da história e já estamos colhendo os frutos do caos administrativo e da falta de estrutura. 4-VOCÊ FOI CANDIDATO A VEREADOR ,QUE LIÇÃO TIROU DISSO? JULIANO- A lição que eu tiro que a população é corrupta. O povo vende o voto. As pessoas não querem saber de votar com consciência. Mas é complicado mudar o que está aí. A própria estrutura administrativa pública está na mão de interesses particulares. Romper com essa política é criar novos inimigos. Foi uma experiência legal ser candidato, mas aprendi que os terroristas estão dentro do próprio partido. 5-QUE MENSAGEM VOCÊ DEIXARIA PARA OS LEITORES DO ALAMEDA CULTURAL? JULIANO- Não acreditem nos políticos. Lutem por Joinville, pela cultura joinvilense, pela sua história. Criem entidades representativas que são muito mais eficientes que partidos políticos e que políticos. Joinville elegeu Luiz Henrique da Silveira duas vezes para governador de Santa Catarina e qual foi o retorno? Nenhum.

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