sexta-feira, 28 de junho de 2013

um pouco de polêmica:Que vergonha !

Como o próprio nome já indica este blog é voltado para a área cultural mas uma notícia como a que virá a seguir não poderia passar despercebida e mostra o porquê de muitas pessoas não darem a mínima para a próxima Copa do Mundo,mesmo sendo no Brasil.Ela foi postada por Milton Wendel no facebook: "O governo vai pagar diárias de hotel de até R$ 581 para ministros que quiserem assistir nos estádios aos jogos da Copa das Confederações. Apesar de bases militares com alojamentos do Exército e Aeronáutica em todas as sete capitais-sedes, os benefícios se estendem aos COMANDANTES, OFICIAIS e SERVIDORES das três Forças Armadas que se deslocarem. O Palácio do Planalto publicou em edição extra no D.O., na véspera da abertura da Copa, o Decreto 8.028/13 com tabelas de gastos autorizados. As comitivas ainda poderão viajar nos jatos da FAB(VER FOTO ABAIXO), por prerrogativa dos cargos."

agende-se

Para quem gosta de artes plásticas uma excelente opção:A EXPOSIÇÃO SANGUE DO ARTISTA.Abaixo um texto a respeito da exposição,publicado no site PORTAL JOINVILLE: "O projeto "Arte no Singular" do Sesc, apresenta a exposição "Sangue do artista" de Renato Veiga, que tem a curadoria de Carlos Franzoi(FOTO ABAIXO). A exposição que será aberta na terça-feira (25) Às 19 horas, poderá ser visitada até o dia 27 de julho no Sesc Joinville, situado na Rua Itaiópolis 470 - bairro América. O artista que transporta o fluxo da arte dentro de suas veias e artérias, acredita que de certa forma o público é o coração que bombeia e oxigena o artista. Ao visitar a exposição, o espectador poderá se sentir um invasor ou até mesmo um convidado, que adentra a um corpo poético, como se estivesse no filme "Viagem Insólita" de Joe Dante (1987-VER FOTO ABAIXO)."

Letras que são colírio

Agora mais um texto de autoria de DONALD MALTCHISKI,dessa vez um comentário a respeito de outro escritor:GIBRAN KAHLIL GIBRAN.BOA LEITURA! "Não seria instantaneamente que o preconceito e a visão religiosa centrista incultidos durante anos na mente infantil e juvenil sumiriam,afinal,pecado,culpa, e castigo foram as únicas mensagens recebidas nessa área.Qualquer visão lateral ou universal inseria-se na lista dos maiores pecados;na frente,até,pensar em sexo. Nesse contexto fui apresentado a "O Profeta" de GIBRAN KAHLIL GIBRAN(VER FOTO ABAIXO).Durante o recreio,entre as aulas,li boa parte dele,até chegar a um trecho que fala das `deusas`.Travou-se uma batalha entre a alma encantada com o escrito e alma apavorada com as promessas de castigo por ter ousado gostar de um texto `pagão`.Não entendia nada de metáforas,metonímias ,antonomásias e esse sem fim de figuras de linguagem.Sabe o burrinho teimoso?`Se escreveu `deusas`é porque é pagão`e toda a rede de análises `lógicas`decorrentes. Venceu a alma encantada!Li "O Profeta" e o reli,e novamente e perdi as contas de quantas vezes o fiz.Uma confissão:peguei aquele primeiro livro emprestado e nunca mais o devolvi.Digamos que seja para me redimir:depois disso,passei a `emprestar`exemplares a outras pessoas:nenhuma devolução que me lembre.Mais tarde mão de emprestar,já entrego com dedicatória. Na última dedicatória,escrevi que ele é um colírio para abrir os olhos.A contestação do `efeito colírio´ foi se instalando com o passar do tempo,mas há um marco:visita à sede de uma empresa de energia, na Flórida, onde existe uma sala aconchegante e silenciosa,apenas com lugar para sentar e uma mesinha.O objetivo?Deixar quem quiser orar ,meditar,ou fazer o que suas crenças lhe pedem ,possa fazê-lo em paz sem dar explicações,sem ser incomodado.Na mesinha apenas o livro:"O Profeta". Há os que torcem o nariz ,que julgam KAHLIL GIBRAN um escritor menor ou o comparam aos modernos `fazedores de felicidade`que pululam nas livrarias.Sempre os há ,mas toda obra de Gibran é permeada da lírica poesia do Oriente Médio e seus ensinamentos são insuflados diretamente na alma de quem os lê. Quem abre o coração e os recebe ,nunca mais consegue se livrar deles;da alma vertem para os olhos e clareiam a visão do mundo,dos outros,da vida.

quinta-feira, 27 de junho de 2013

histórias do Hilton....Era uma vez

Com vocês mais história do divertido escritor Hilton Gorressen.BOA DIVERSÃO! "Os tempos eram outros. Nada de inflação. Com uma simples moedinha, a modesta dona Baratinha conseguiu virar a cabeça do pomposo Dom Ratão. Seu casamento não foi realizado, como todos sabem, por um infausto acidente acontecido com o noivo. As ruas eram ladrilhadas com pedrinhas de brilhante. Havia essa facilidade porque os sete anões tinham uma mina inesgotável de pedras preciosas, atrás das sete montanhas, em lugar que até hoje os políticos e os governantes não conseguiram descobrir, senão já era. Mulheres eram criadas para ficar à janela, na eterna espera do príncipe encantado. Não havia esse irracional culto do corpo. As – como direi – cheinhas eram mais admiradas. Veja o caso da Terezinha de Jesus. Quando um dia teve uma queda e foi ao chão, foram necessários três (eu disse três) cavalheiros para poderem erguê-la. De tanto comer, Terezinha transformou-se numa Florentina de Jesus(VER FOTO ABAIXO) e acabou sendo cantada pelo Tiririca. Não havia também certos preconceitos. O elefante podia casar com a formiguinha sem que algum político viesse dizer que aquilo era doença. Só tinha que ter um pouco de cuidado durante a lua de mel. A bela podia se apaixonar pela fera sem que os maledicentes espalhassem por aí que tinha sido por interesse. Aliás, a fera não era jogador famoso nem diretor de televisão. A parte triste é que os animais podiam ser maltratados e seus agressores permaneciam impunes, como se fossem simples corruptos. Chegavam, muitas vezes, a arremessar o pau no gato, e somente quem se admirava com o berro desesperado do bichano era a Dona Chica-ca-ca. Não havia preocupação em proteger as minorias felinas. Malvadeza mesmo foi feita com o sapo, coitado, transformado em príncipe. Vida de sapo é mais tranquila do que a de príncipe. Não devemos acreditar no que diziam os contadores de história. Os moradores do reino não viviam felizes e satisfeitos, elevados da miséria para a pobreza, dando vivas ao velho rei e à malvada rainha. Havia insatisfações, greves, passeatas, pedidos por verbas para a saúde, educação, segurança. Mesmo porque as verbas iam todas para os bolsos da nobreza e para a construção de arenas de esporte. E havia as tramoias, invejas, maquinações dos outros pretendentes. Olha, se fosse eu, preferia ter continuado como sapo. Mas tudo o que é bom acaba sendo vítima de aproveitadores. Ultimamente, uma tal de Barbie(VER FOTO ABAIXO) vem se apropriando desse mundo maravilhoso, tomando para si o protagonismo dessas histórias que enchem de encantamento a vida das crianças. (NOTA DO BLOG:este texto foi publicado no jornal Notícias do Dia - 26/06/2013)

terça-feira, 25 de junho de 2013

agende-se:festival de teatro no sesc

Até domingo o SESC(avenida Beira-Rio,após Hipermercado Big)estará promovendo um festival de teatro,o que é uma boa pedida para esta semana,ótima oportunidade para se conferir os talentos locais e o mais importante:OS ESPETÁCULOS SÃO GRATUITOS!AGORA ATENÇÃO PARA A PROGRAMAÇÃO:(VER FOTO ABAIXO DO TEATRO DO SESC) 26/06 | Quarta-feira CINESESC Registro audiovisual: "Femucic – Mostra de Música Cidade Canção ano 34" Faixa Etária: Livre Descrição: A miscigenação entre índios, portugueses e escravos originou a cultura brasileira e, consequentemente, a nossa música. A Mostra de Música Cidade Canção - FEMUCIC ano 34 - com base nesta temática, proporcionou o resgate da história por meio de músicas, instrumentos, ritmos e apresentações cênicas. Consolidado como referência na produção técnica e pedagogia musical, o Femucic foi realizado de 23 a 26 de maio de 2012, no Teatro Calil Haddad, em Maringá - Paraná. Com 17 estados e mais o Distrito Federal representados, muito mais que 52 músicas foram apresentadas: compositores e intérpretes vindos de todas as regiões do Brasil proporcionaram aos espectadores uma viagem pelo território nacional e pelo tempo. 19h30 | Gratuito | Não há distribuição de ingressos 27/06 | Quinta-feira CINESESC Curtas: Cinemaiêutica (Rodrigo Falk Brum) Fic. 12’ | Fritz (José Alfredo Abrão) Dra. 22’ | Um Ensaio (Fábio Porto) Fic. 21’ Faixa Etária: Livre Descrição: Cinemaiêutica - Roberto não acredita, mas André tem certeza, "Estamos num filme". Tentando provar isso, André arrasta seu amigo Roberto a uma satírica viagem pela linguagem do cinema. | Fritz - A vida do naturalista Fritz Muller (1822-1897). O filme relembra os últimos momentos de sua vida, suas pesquisas, a colaboração e a correspondência com Charles Darwin, a vida com a esposa e as filhas na colônia de Blumenau, o contato com os índios e as impressões sobre a exuberante natureza tropical. | Um Ensaio - Num galpão de teatro, estão ensaiando uma peça. Um diretor cego e uma atriz surda. No desenrolar do ensaio surgem conflitos entre eles que vão além da falta de comunicação física. Suas individualidades são expostas através de agressões que mexem com o anseio de cada um. Quando chega o outro ator, Eloi, a discussão aumenta e o impasse entre os três se completa. Esta passagem é repetida três vezes de acordo com o ponto de vista de cada personagem. Enquanto cada versão mostra as peculiaridades de suas individualidades humanas. No desfecho, surge a peça onde eles se encontram. 19h30 | Gratuito | Não há distribuição de ingressos 28/06 | Sexta-feira Programação local de Música Show - FAIRANS Faixa Etária: 14 anos Descrição: O Grupo Fairans, de Joinville, existe há 11 anos, possui 3 álbuns e 1 videoclipe exibido na MTV. Suas músicas já foram veiculadas na Argentina e a banda foi convidada para realizar um concerto no encerramento do Festival de Dança de Joinville em 2012. 20h | Gratuito | Distribuição de Ingressos 1h antes da apresentação, na bilheteria do teatro 29/06 | Sábado Seminário de Redação Criativa Faixa Etária: Livre Descrição: O Sesc Joinville promove um seminário com a temática "Redação Criativa", com a escritora joinvilense Vanessa Bencz. 20h | Gratuito | Não há distribuição de ingressos. 30/06 | Domingo CINESESC Programadora Brasil – Stelinha (Miguel Faria Jr. E Rubem Fonseca) Faixa Etária: 14 anos Descrição: Stelinha já foi rainha da MPB e ídolo do rádio. Hoje, decadente e solitária, circula pelas noites do Rio em busca de alguma emoção, indo sempre além do último copo. Eurico é um roqueiro em ascensão. O encontro dos dois numa madrugada de Copacabana provoca em Eurico compaixão e fascínio por Stelinha, ídolo de sua infância. Assim, Eurico decide ajudá-la a voltar a cantar. 19h30 | Gratuito | Não há distribuição de ingressos. FONTE;site PORTAL JOINVILLE

O primeiro observador

No longínquo ano de 1852 em um pequeno e recém surgido povoado chamado Dona Francisca,no norte da então província de Santa Catarina,a grande maioria das poucas cetenas de imigrantes europeus que ali viviam tinha um objetivo:lutar para sobreviver.Vivendo em um ambiente completamente diferente do europeu e um local onde havia tudo por fazer,sofriam com o calor,umidade,doenças,dívidas com a Sociedade Hamburguesa(empresa que loteou Joinville) e promessas não cumpridas por esta,ataques de animais peçonhentos como cobras,índios hostis,etc... Entre esses imigrantes-heróis havia um sujeito chamado KARL KONSTANTIN KNUPPEL,34 anos,agricultor e que havia chegado ao povoado em dezembro de 1851,procedente da cidadezinha de Pinne,no então reino da Prússia(hoje parte da Polônia).Aqui acabou assumindo o cargo de escrivão da Sociedade Hamburguesa.Observando tudo o que acontecia sentiu que era necessário um informativo que criticasse,debatesse e expusesse a realidade local e que ao mesmo tempo servisse de divertimento para a sofrida população local,com muito humor e ironia. Em 2 de novembro de 1852 surgia um jornalzinho chamado O OBSERVADOR ÀS MARGENS DO RIO MATHIAS ou em alemão DER BEOBACHTER AM MATIASSTROM,o que era uma ironia,já que em alemão um ribeirão como o Mathias(hoje canalizado e que, entre outros,está abaixo do ginásio Abel Shultz-VER FOTOS ABIXO) é chamado fluss e um rio strom.Era mais um informativo panfletário semanal do que um jornal propriamente dito(o primeiro jornal de Joinville foi o KOLONIE ZEITUNG em 1862,um dos primeiros jornais em língua alemã do Brasil e que circulou até 1942). Na ausência de papel-jornal e máquina tipográfica era escrito em papel de carta duplo,com apenas 50 exemplares e era vendido a 120 réis.Além de Karl Konstantin Knuppel trabalhavam nele mais 3 escreventes.Logo em seu primeiro número deixa claros diversos objetivos como:expor uma opinião;informar aos colonos sobre a realidade da colônia;informar sobre as obrigações da Sociedade Hamburguesa;informar sobre os direitos e obrigações dos colonos;esclarecer assuntos como escola,igreja,hospital,caridade e coletas;publicação de assuntos de interesse geral,anedotas e anúncios.Até mesmo denúncias graves eram fitas pelo jornalzinho como desvio de dinheiro,desmandos da direção da Sociedade Hamburguesa,falsificações de cartas de imigrantes elogiando a colônia e relatórios mentirosos da Sociedade Hamburguesa.Porém mesmo as denúncias eram feitas de uma maneira bem humorada.Ironicamente KNUPPEL quer dizer cacete ou porrete em alemão! Infelizmente se desconhece a existência de algum exemplar do jornalzinho(o chanceler alemão Otto Von Bismarck teria recebido um exemplar)e até mesmo o encerramento das suas atividades.Em 1861 Karl Konstantin Knuppel mudou-se para a cidade de São Paulo com sua esposa e filha,onde foi professor e diretor da Escola Alemã.Transferiu-se mais tarde para a cidade de Rio Claro e finalmente para Botucatu,também no interior paulista onde fundou o colégio Benjamin Franklin em 1880.Em 18 de setembro de 1895 falecia naquela cidade o pai da imprensa joinvilense.

segunda-feira, 24 de junho de 2013

agende-se

De hoje até sexta-feira a ESCOLA DE MÚSICA ARTE MAIOR está realizando no teatro Juarez Machado(Centreventos) uma série de shows com seus alunos.ÓTIMA OPORTUNIDADE PARA CONFERIR OS TALENTOS MUSICAIS LOCAIS! O QUE : Shows comemorativos Arte Maior 25 anos. QUANDO: de 24 à 28 de junho, todos os dias os shows começam as 20h, com exceção do dia 27 que começará às 19h. ONDE: Teatro Juarez Machado. QUANDO: Dia 24 o ingresso é 1 kg de alimento. Todos os outros dias os ingressos custam R$ 10,00.(Os ingressos estão sendo vendidos na matriz da escola:rua Orestes Guimarães-104-VER FOTO ABAIXO) FONTE :site PORTAL JOINVILLE

momento lírico: A SAUDADE E SEUS EMBAÇAMENTOS

Agora com vocês um poema de autoria da poetisa,ex-professora ,funcionária pública e agitadora cultural RITA DE CÁSSIA ALVES: “...não existe tapete que possa ocultar a sujeira da memória.” (Eduardo Galeano) Nos meandros do entre vivido, encobre-se a redoma empoeirada. De seu interior, a mesa ornada de migalhas, não recebe convidados. Repartem-se a fome e a saciedade, exaustas de brincar pelo desejo. O amor é um par cerzido, e as meias vontades calçam a memória."

entrevista com o escritor Milton Maciel-última parte

Agora o ALAMEDA CULTURAL traz o trecho final da entrevista concedida por Milton Maciel para a jornalista Shirley Cavalcante(VER FOTO ABAIXO) e publicada no site REVISTA BIOGRAFIA.Mais do que uma entrevista é um ensinamento para futuros escritores e também para os amantes da boa leitura.AGORA VAMOS A PARTE FINAL DA ENTREVISTA: "SMC - Como você vê a autodestruição alimentar(VER FOTO ABAIXO) no presente e o que esperar da autodestruição alimentar no futuro, aqui no Brasil? M.M - Por enquanto ainda estamos no ramo ascendente da curva: copiamos totalmente o modelo americano e estamos nos desequilibrado de forma análoga. Para nós ainda vai piorar muito. Infelizmente. SMC - Milton, conta, você ainda lembra como foi publicado o seu primeiro livro? Quais as dificuldades para conseguir publicar sua primeira obra? Você vem usando a mesma metodologia para publicação de livros? Se mudou o método porque mudou? M.M - Meu primeiro livro (A Rentabilidade da Propriedade Rural) foi uma publicação acadêmica e foi muito fácil publicá-lo. O segundo (Como Tornar Seu Sítio Lucrativo) foi uma encomenda do SEBRAE-Alagoas e teve uma tiragem grande (5000 exemplares), todos escoados normalmente. Segui publicando muitos novos livros de agricultura e a coisa foi muito bem comercialmente. Quando comecei a publicar ficção é que as coisas mudaram para mim. Mas aí eu fiz vários cursos sobre edição e marketing de livros e de e-books nos EUA e agora tenho um método muito diferente de trabalhar. Mas isso precisaria de muito mais espaço do que temos aqui. SMC - Onde podemos comprar os seus livros? M.M - O sistema de vendas que eu uso está restrito à Internet. A editora IDEL faz vendas diretas, observando um preço mais baixo para o leitor. E as pessoas podem entrar em contato direto comigo, também, pelo e-mail delphos09@terra.com.br SMC - Que dica você dá para as pessoas que estão iniciando carreira como escritor? M.M - Em primeiro lugar LER! Ler muito, diariamente, disciplinadamente. Ler com o propósito de poder se tornar escritor! Quanto mais você lê, melhor você escreve, maior é seu vocabulário, mais fácil concatenar as idéias. Depois disso vem a parte mais importante: RELER. Só depois de ler um livro uma vez, você pode voltar a ele com olhar crítico e então observar as minúcias, as técnicas, como aprendiz de feiticeiro. Eu, por exemplo, que sou escritor profissional há tantos anos e tenho tantos livros publicados (22 no momento), mantenho esse mesmo comportamento com minhas leituras. Uma das coisas que faço, por puro prazer e ao mesmo tempo como exercício de técnica profissional, é ler a obra inteira de Jorge Amado, uma vez por ano, todos os anos. Também costumo reler dois livros basilares: O Coronel e o Lobisomem(VER FOTO ABAIXO), de José Cândido de Carvalho (este eu já li 6 vezes e sempre tenho o que aprender) e Viva o Povo Brasileiro de João Ubaldo Ribeiro. É claro que esses escritores são os que mais têm a ver comigo. Para outra pessoa, ela pode usar outros escritores como seus mestres e inspiradores, mas sempre será necessário ter esses guias para orientar nossa caminhada. Os guias são os que você RELÊ com encanto. Em segundo lugar, ESCREVER – para si próprio. Não escreva pensando em mostrar para os outros, não escreva pensando em aceitação ou rejeição. Escreva e arquive, escreva e arquive, escreva e arquive. Até ter um bom acervo, uma boa massa crítica. Se você for ativo e disciplinado, escrevendo X horas por dia, você pode gerar esse acervo em pouquíssimos meses. Então começa terceira parte, que considero também fundamental: Terceiro lugar, PUBLIQUE SEU BLOG! É de graça e com a facilidade das plataformas blogspot ou wordpress, você põe seu blog no ar em 10 minutos, porque é fácil demais, basta seguir as instruções. A partir daí você encontrou sua editora: você mesmo. Você não depende de ninguém para publicar o que escreve. Use o seu acervo e acostume-se a postar diariamente, o que vai lhe garantir muitos acessos de leitores. Quarto lugar: DIVULGUE seu blog. Vá para as redes sociais, mande e-mails, distribua cartões ou mini-folhetos com o endereço do seu blog, consiga citações, mesmo que modestas, na mídia. E pronto. Você está começando a consolidar sua presença como escritor. É claro que isso pressupõe que você tenha atingido um mínimo de qualidade técnica e estética, mas isso é a parte mais fácil! Você pode aprender, pode refinar sua técnica, pode estudar, pode ler mais e mais. Só que você vai ter que aprender a vender seu peixe. No novo mercado editorial, não vale o dito popular “o bom cabrito não berra”. Você vai ter que aprender a berrar. Ou nunca será independente. SMC - Quais as melhorias que você citaria para o mercado literário no Brasil? M.M - No momento o que mais me preocupa e, sendo sincero, ENFURECE é a presença de espertalhões se adonando do mercado brasileiro de e-books (o único que tem futuro no mundo) e impondo preços abusivos, chegando ao desplante de oferecer e-books mais caros que o respectivo livro impresso. Eu espero poder, em breve, ajudar os escritores a se livrarem desses aproveitadores e ensinar os leitores a boicotarem essas empresas, pequenas ou grandes. Se não reagirmos imediatamente, vamos ter um avanço muito lento no campo dos e-books. E até eles vão acabar entrando no mal-fadado CUSTO BRASIL, apesar de serem isentos de impostos, como os livros físicos.; SMC - Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista… Agradecemos sua participação; foi muito bom conhecer melhor o Escritor Milton Maciel. Que mensagem você deixa para nossos leitores? M.M - Apenas agradeço a oportunidade que vocês me proporcionaram de me dirigir aos leitores em geral e de poder contribuir com um pouco da minha vivência e experiência. E aproveito para colar uma figura, onde aparecem os cinco lançamentos que estou fazendo neste mês de Abril: O CERCO – Novela histórica HELLO, TCHÊ! – CONTOS do Norte e do Sul HELLO, TCHÊ – POEMAS do Norte e do Sul DO SUL AL SUR – Bilíngüe português/espanhol A PRINCESINHA QUER DANÇAR – A Poesia Infantil

sexta-feira, 21 de junho de 2013

agende-se!

MÚSICO RODRIGO SANTOS(BARÃO VERMELHO) DATA:27/06/2013 HORÁRIO:12h00 LOCAL:BOVARY SNOOKER CLUB - Joinville INGRESSO:Pago FONTE: SITE PORTAL JOINVILLE

histórias do Hilton...-meus tipos inesquecíveis

Agora trazemos mais um texto escrito pelo divertido escritor Hilton Gorressen: "A revista Seleções tem ou tinha uma seção denominada “Meu tipo inesquecível”, na qual apresentava a história de um personagem pitoresco, que merecia ser lembrado. Prefiro apresentar meus tipos “esquecíveis”, aqueles que, quando vêm em nossa direção, nos escondemos apavorados. Ao grito de “lá vem Fulano!”, todos encontram um jeito de sumir. Esses tipos são representantes de uma classe de pessoas que convivem em nosso dia a dia. Cuidado, um deles pode estar perto de você. Comecemos pelo Encrenca(VER PRIMEIRA ILUSTRAÇÃO ABAIXO), aquele indivíduo para quem nada está bom. Nunca teve um elogio para ninguém. Encrenca, você gostou do espetáculo? Ele retorce a boca, franze a testa, num gesto característico: Hum, mais ou menos. Que tal aquela loura popozuda? Regular. Seu Encrenca, qual sua sensação de haver ganhado 10 milhões na megassena? Ele retorce a boca: vai dar pro gasto! Tem também Dona Onomásia(VER SEGUNDA ILUSTRAÇÃO ABAIXO), aquela que te pega numa conversa e não te larga mais. Fala de seus padecimentos, de seu trabalho com os filhos, do sem-vergonha do cunhado... Não te dá chance nem de falar: olha, tá na hora, preciso ir, tenho hora marcada no médico, meu cartão de estacionamento está vencendo e outras. Vascôncio (o pai, seu Leôncio, era vascaíno doente) é o grude, o chato de galocha, aquele que te vê de longe e já vem com os braços abertos. Te chama de ”meu querido”, te agarra o braço ou segura pelo ombro, aproxima o bafo do teu rosto. Em estado normal, o Vascôncio já é um porre, imagine quando está mesmo de porre. Mistura de Vascôncio e dona Onomásia é o Neco Trique-trique(VER QUARTA ILUSTRAÇÃO ABAIXO). Neco é aquele que gosta de contar as coisas tintim por tintim. Para contar um filme, leva umas duas horas. Fecha os olhos, puxando pela memória, e se alheia de tudo em redor, absorvido pela sua narração. Não lhe pergunte como foi o último capítulo da novela (ele interpreta até o comercial). Aproveite essas horas para consultar o smartphone, fazer ligações ou mesmo apreciar a paisagem. O cara nem percebe. O último tipo (mas sem esgotar minha lista) é o Joca “Sô mais eu”(VER ÚLTIMA ILUSTRAÇÃO ABAIXO), aquele que come mamão e arrota papaia com cassis, bebe Tang e urina champanha francesa. Joca escreveu uma carta para o Obama (que certamente foi lida por um assessor) e já se considera amigo íntimo do presidente. Sempre começa suas intermináveis conversas, cujo assunto principal é ele próprio, com o indefectível: como eu disse pro Obama... Publicou um texto no Diário de Pixoxó e já se considera um autor de expressão nacional. Quem não conhece um desses? (Não, não é preciso dar os nomes!)"(NOTA DO BLOG:ESTE TEXTO FOI PUBLICADO NO JORNAL NOTÍCIAS DO DIA DE 19-06-2013)

entrevista com o escritor Milton Maciel-parte 2

Trazemos aqui mais uma entrevista com o talentoso e internacional escritor Milton Maciel: "SMC - De que forma você aborda a violência contra a Mulher em seu livro? Porque escolheu este Titulo para o livro? M.M - O título foi escolhido pela autora norte-americana, Ellen Snortland que o lançou primeiro nos EUA com o nome Beauty Bites Beast; Eu fiz a tradução para o português e participei com uma nova parte, que só existe na versão em português, denominada “O Machismo Oculto”. O livro mostra como a mulher é vítima de violência explícita e oculta. E ensina como se defender de ambas, em suas formas psicológica, física, sexual, profissional e midiática. Um trabalho notável de Ellen que é também instrutora de lutas de autodefesa feminina em Los Angeles, onde a conheci em 2007. SMC - Além de escrever você realiza conferência nos EUA e no Brasil, como começou sua carreira Internacional? E o que você aborda nestas conferências? M.M - Comecei a carreira primeiro escrevendo, em inglês, para sites, portais, revistas e jornais sobre combustíveis fósseis e combustíveis renováveis. Em 2006 fui convidado a fazer uma apresentação na Universidade Boston(VER FOTO ABAIXO). Na volta parei em Miami para fazer turismo e compras e foi um caso de amor à primeira vista. Nunca mais me desvinculei de Miami(VER FOTO ABAIXO). Passei a dar palestras e curso ali, estendendo-os muitas vezes à Califórnia, mais especificamente a Los Angeles e Orange County. Os temas, inicialmente, estavam na minha área de biocombustíveis e agricultura orgânica. Depois, com o lançamento do “A Sopa Química” (The Chemical Broth; broth em inglês é caldo), passei a dar seminários sobre a dieta paleolítica e a contaminação química e biológica dos alimentos convencionais. Atualmente tenho também uma forte atividade paralela, na área do feminismo e no combate à violência contra a mulher. SMC - Como você vê a violência contra a mulher nos EUA e no Brasil? M.M - Não há quase diferença quanto à agressão e ao assassinato de mulheres por seus homens ou por estupradores desconhecidos. A sociedade americana é tão machista quanto a nossa. As mulheres progrediram um pouco mais por lá do que aqui, mas ainda são vítimas das mesmas formas de assédio, desrespeito, discriminação e violência. As mulheres americanas, apesar de existir uma lei proibindo, continuam recebendo 75% do salário de um homem e 60% se forem negras e 50% se forem latinas. Onde a coisa difere é nas estatísticas, mais exatas e atuais as americanas. E, principalmente, nas consequências! A ação da polícia, uma vez acionada, é muito mais rápida e eficiente lá, os processos são julgados mais rapidamente e as penas são mais duras para os agressores. SMC - Como você acredita que será a violência contra a mulher no Brasil daqui a alguns anos? M.M - Bem, nessa área não me confesso o mesmo otimista incorrigível que sou para quase todo o resto. Apesar de já termos as delegacias da mulher e a Lei Maria da Penha, há um longo caminho a percorrer ainda, pois está quase tudo por fazer. E, na minha opinião, agora é a hora de OS HOMENS fazerem a sua parte. Os homens são os estupradores, os agressores, os assassinos de suas companheiras. Para mim há um claro limite para o que as mulheres puderam e podem fazer para se defender desses facínoras. Compete a nós, os homens, fazermos nossa parte também. E ensinar às mulheres que uma mulher não é um reles ser fraco e indefeso, mas que ela pode perfeitamente aprender a se defender usando inteligência ao invés da mera força física. SMC - Como você trata a autodestruição alimentar em seu livro(VER FOTO ABAIXO DA CAPA DO LIVRO)? por que eu devo ler o livro a Sopa Alimentar? Tem um publico especifico de leitor ou qualquer um que tenha interesse pelo tema pode lê o livro? M.M - O livro é dirigido ao público em geral, sendo classificado como um livro de DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA. Serve para mostrar às pessoas como nosso sistema alimentar traz para nós todos um custo elevado demais para a saúde e para o bolso. Incidentalmente, vai ajudar as pessoas com excesso de peso a normalizá-lo, mas não foi concebido para ser um mero livro de dieta de emagrecimento. SMC - Como você se sente ao ministrar uma palestra nos EUA e no Brasil, existe alguma diferença de público, de recepção ao tema? Se sim, quais? M.M - Não há diferenças sensíveis. Em Miami dou palestras para os hispânicos(VER FOTO DA COMUNIDADE HISPÂNICA) em espanhol, que é tão primeira língua para mim como o português (nasci na fronteira, filho de pai brasileiro e mãe uruguaia); Para os brasileiros (há 250 mil deles no sul da Flórida), evidentemente em português. E, para americanos e todos os outros estrangeiros, em inglês. Em nenhum desses grupos de nacionalidades encontro qualquer diferença. É claro que para os americanos o interesse é maior, em razão de estarem mais adiantados também na gravidade do processo de auto-destruição alimentar, com 2/3 da população com excesso de peso ou obesa e um quarto das crianças francamente obesas também."

terça-feira, 18 de junho de 2013

aviso importante

A Associação Confraria das Letras, em parceria com a Biblioteca Pública Municipal Rolf Colin, realizará oficina com o escritor Hilton Görresen, abordando a temática: O Texto e suas Técnicas (Aperfeiçoamento das Práticas de Redação e Qualidade Textual). DATA:22-06(SÁBADO) HORÁRIO:das 9 hs às 11 hs LOCAL: Livraria SABER,rua ANITA GARIBALDI,21(bairro Anita Garibaldi)(O ENDEREÇO ESTÁ MARCADO PELA BOLINHA VERMELHA)

No tempo em que Joinville andava de bonde

Os milhares de motoristas e pedestres que trafegam por ruas como Abdon Baptista e João Colin nem sequer imaginam que há cerca de 100 anos por esses locais passavam bondes puxados por burros!Pois é,Joinville já teve esse tipo de transporte! Nos primeiros anos do século 20 diversas novidades estavam chegando à cidade:a chegada do primeiro trem(1906),automóvel e telefone(1907),luz elétrica e cinema(1909).A chegada do bonde era mais um sinal de transformação de uma modesta,pacata e quase isolada comunidade de imigrantes estrangeiros em uma cidade que aos poucos ia se transformando em um grande pólo industrial. A EMPRESA FERRO-CARRIL JOINVILLENSE,responsável pela exploração do serviço,tinha como sócios Gustavo Grossembacher,Adolf Trinks(responsável pelas chegadas do automóvel e telefone a Joinville),Luiz Ritzmann e Bernhard Olsen(filho de Gjert Olsen,um dos noruegueses que fundaram Joinville em 1851).Importados da Europa,eram 8 bondes de tração animal(com capacidade para 16 passageiros)e 8 bondes para carga O serviço teve início em 29 de janeiro de 1911,com bondinhos enfeitados de flores e bandeiras e ainda banda de música e convidados!A circulação dos bondes tinha início às 6 horas e término às 21 horas,com intervalos de 20 em 20 minutos.O preço da passagem era de 100 réis da rua do Norte(atual João Colin) até o porto(atual rua Cais Conde D´Eu)e desse ponto até a estação ferroviária era de mais 100 réis.Existiam 2 cadernetas:uma com 100 passagens,que custava 9 mil-réis e outra com passagens para um mês inteiro ao preço de 18 mil-réis.E havia ainda um sorteio dos bilhetes com prêmios em dinheiro entre 5 mil-réis e 10 mil-réis(Esse sorteio pode ser considerado o avô dos atuais concursos realizados pelas companhias aéreas!) O trajeto dos bondes a princípio era o seguinte:estação ferroviária-rua Santa Catarina(Getúlio Vargas)-rua Conselheiro Mafra(Abdon Baptista)-cais do porto-uma parte da rua do Mercado(Procópio Gomes)-rua Boussingault(Sete de Setembro)-rua do Príncipe-rua do Meio(Quinze de Novembro)-rua do Porto(Nove de Março)-rua Cachoeira(Princesa Isabel) e finalmente a rua do Norte(João Colin),onde tinha o seu ponto final(em local onde hoje está a revendedora de veículos Globovel,no bairro América).Mais tarde foram criadas 2 linhas de bondes:uma era diferenciada por uma tabuleta amarela e outra por uma tabuleta vermelha(e que percorria também as atuais ruas Visconde de Taunay,Pedro Lobo e Padre Carlos) De início o serviço foi um sucesso:uma das atrações de Joinville era andar de bonde aos finais de semana com a família reunida.Em apenas um dia foram vendidas 7000 passagens!Com o tempo o que era uma novidade virou algo rotineiro e além disso a frequência dos bondes ,que era de 20 em 20 minutos,passou a ser de uma hora.O novo horário e o aumento no número de automóveis fizeram o número de passageiros minguar até que em 10 de abril de 1917 o serviço foi extinto e um fato interessante da história de Joinville foi apagado!

segunda-feira, 17 de junho de 2013

um pouco de polêmica

O ALAMEDA CULTURAL traz agora um comentário da juiza Roberta Noroschny Sscliessel no fcebook que retrata um pouco a falta de coerência em nosso país:"Não ia tocar nesse assunto, mas olha o que diz o conterrâneo do prefeito de Macapá: Mesmo a presidenta Dilma zerando a cobrança do PIS e COFINS sobre o transporte público urbano, o prefeito de Macapá(FOTO ABAIXO), Clécio Luís, do PSOL, não baixou a passagem de ônibus, que continua em R$ 2,30. O PSOL se diz a favor de zerar a tarifa nos outros 5.563 municípios do Brasil, mas não faz o que diz nos dois municípios onde governa. Na eleição passada de 2012, o programa de governo de Clécio Luís não fala nada de tarifa zero. Falou em licitar CONCESSÕES e em tarifa barata. O outro município é Itaocara, no Rio. É, quando a lenda se torna o fato, imprima-se a lenda.... Eu fico com os fatos!"

momento lírico: festas juninas

Trazemos mais um poema de autoria do ex-professor,líder comunitário e poeta OSNI LEOPOLDO BATISTA,desta vez sobre as festas juninas: "Nas festas juninas Meninos e meninas, Jovens e adultos, Cantam,pulam,dançam, Ao redor da fogueira, Levando a vida na brincadeira. Maçã do amor,pipoca, Pinhão,quentão, Comemorando Santo Antônio, Casamenteiro, São João,o milagreiro, São Pedro e São Paulo, Por derradeiro."

entrevista com o escritor MILTON MACIEL

O ALAMEDA CULTURAL traz hoje uma reprodução da entrevista com o escritor Milton Maciel para SITE REVISTA BIOGRAFIA.Além dos dados citados antes da entrevista Milton Maciel também é um dos mais destacados membros da CONFRARIA DO ESCRITOR,entidade que reúne escritores de Joinville e que geralmente ocorre nas dependências da Biblioteca Pública Municipal no terceiro sábado de cada mês.AGORA VAMOS À ENTREVISTA! "Jornalista Shirley M. Cavalcante (SMC) entrevista escritor Milton Maciel Escritor Milton Maciel divide o tempo entre as cidades de Joinville e São Paulo, no Brasil; e Miami, nos Estados Unidos, autor de mais de 20 livros, é palestrante conferencista, em entrevista o escritor conta-nos como iniciou sua seu gosto pela escrita, como consegue escrever diferentes gêneros literários, fala um pouco sobre alguns de seus livros, dá maravilhosas dicas aos escritores, uma rica entrevista concedida pelo escritor, conferencista, Milton Maciel, ao projeto Divulga Escritor SMC - Escritor Milton Maciel(FOTO ABAIXO) quando começou a escrever? Em que momento decidiu ser escritor? Milton Maciel (M.M) - Comecei a escrever aos 14 anos e comecei a ser publicado aos 16 e 17 anos, poesia somente. Mas aí passei no vestibular de Engenharia Química e minha musa muniu-se de calculadora e material de laboratório. A partir daí houve minha defecção da arte. Deixei poesia e deixei o piano e passei anos a fio escrevendo e publicando exclusivamente material técnico. Vivi 25 anos em São Paulo nessa fase e depois quatro em Maceió, AL, onde fui Secretário de Agricultura. Aí começou minha fase de escrever livros técnicos de Agricultura Orgânica (tenho 14 publicados). De 2001 em diante passei a publicar material técnico em inglês sobre biocombustíveis. De 2007 em diante passei a morar nos EUA (part-time até 2010, full time depois disso). Então passei a ter mais tempo disponível e retornei à ficção, passando a publicar meus romances sobre prostituição infantil no Brasil, frutos diletos de minha estada no apaixonante Nordeste. E as outras obras que vieram depois. Quanto a ser escritor, minha decisão foi tomada em 1991. SMC - Hoje você tem um grande número de livros publicados de diferentes temas: romances, contos, poemas, livros técnicos. Como foi surgindo estes diferentes gostos literários e o que o influenciou a ter esta diversificação de temas publicados? M.M - Creio que isso é uma natural decorrência de minha personalidade, em si multifacetada. Nunca fui capaz de fazer uma única coisa ao mesmo tempo. O que aconteceu foi que acabei aprendendo a reconhecer isso e a administrar essa dispersividade. Acho que a melhor expressão disso é meu blog pessoal (http://miltonmaciel.blogspot.com.br ), onde faço de duas a três postagens por dia, todos os dias, sobre uma multiplicidade de temas diferentes: poesias, poesias humorísticas, contos, sátiras, crônicas, erotismo, política, feminismo, educação e temas regionais. Ali posto também trechos diários dos meus livros, tanto os já publicados, como livros inéditos. O livro O CERCO, por exemplo, foi sendo escrito e postado diariamente desde 7 de Fevereiro deste ano, Os leitores puderam acompanhar esse trabalho de parto que resultou em um livro de 400 páginas, uma novela histórica em que uso um fato histórico real – a invasão dos hunos à Gália em 451 A.D.(ILUSTRAÇÃO ABAIXO) – como palco para as incríveis atividade de minhas quatro heroínas (três sacerdotisas celtas e um eunuco), que acabam resultando na vitória dos aliados (romanos, visigodos, burgúndios, francos e alanos) contra Átila e seu hunos, junto com seus aliados ostrogodos e gépides. SMC - Notamos que você aborda em seus livros dois temas bastante polêmicos, a violência contra a mulher e a auto-destruição alimentar. Em quem ou em que você se inspira para escrever sobre estes temas? M.M - O tema da violência contra a mulher nasceu do meu encontro sacrossanto com minha mulher interna. Posso dizer que fiz as pazes com ela, quando compreendi as raízes do meu comportamento machista, aprendido e praticado em minha infância na fronteira do rio Grande do Sul com o Uruguai(FOTO ABAIXO) (conto isso no livro “A BELA MORDE A FERA”, uma co-autoria com a escritora e líder feminista norte-america Ellen Snortland). Desde que compreendi, com meus estudos de psicologia analítica junguiana, que o machismo está baseado em ARQUÉTIPOS do período neolítico e é, portanto, inconsciente e atávico, passei a me dedicar ativamente ao combate diuturno ao machismo. Nos Estados Unidos, através de um grupo denominado Men Can stop Rape, aprendi a trabalhar com outros homens para eliminarmos o machismo no nascedouro, junto a crianças e adolescentes, e junto a mães e pais. Dou regularmente cursos e treinamentos sobre isso em Miami e região. Ainda não se apresentou, para mim, uma oportunidade de trazer isso para o Brasil, o que é uma lástima, pois aqui as coisas são ainda piores que nos EUA. Já o assunto da auto-destruição alimentar nasceu de minha luta pessoal contra a obesidade, fatalidade genética na minha família, e do meu longo ativismo no campo da Agricultura Orgânica. Acabei chegando à única dieta que me fez perder peso com permanência, a Dieta Paleolítica. Que não é nenhuma dieta da moda, tanto que é desconhecida no Brasil. Trata-se não de uma novidade, mas de um retorno no tempo. Há 10 000 anos apenas, apareceram os grãos em nossa alimentação, com o advento da agricultura. Isso é que dá origem ao Neolítico(ILUSTRAÇÃO ABAIXO). Até então, e durante 2 500 000 de anos, vivemos o período Paleolítico. Durante esses 2,5 milhões de anos, tivemos um mesmo tipo de alimentação, como caçadores-coletores. Essa dieta formou nosso genoma. De 10 mil anos para cá com os grãos, 6 mil anos para cá com os laticínios, mil anos para cá com o açúcar refinado, 300 anos para cá com os óleos vegetais e, atualmente, com a explosão da tragédia da junk food, subvertemos completamente nossa base alimentar e hoje somos vítimas de uma enorme DISCORDÂNCIA GENÉTICA, que gera praticamente todas as moléstias não-transmissíveis que matam a maioria das pessoas em nossa civilização. Um outro importante fator de contribuição veio, evidentemente, de minha atividade de décadas como produtor agropecuário orgânico e como consultor e escritor agrícola. Daí nasceram meus seminários “Nossa Alimentação Suicida” no Brasil e “The Chemical Broth nos EUA.” Tudo isso está exposto em meu livro “A SOPA QUÍMICA – Nossa Alimentação Suicida” Idel, S. Paulo, 2008.

sexta-feira, 14 de junho de 2013

AGENDE-SE:Primeiro encontro de fuscas

DATA:16/06/2013 HORÁRIO:20h00 LOCAL:Sociedade Dona Francisca(FOTO ABAIXO) RODOVIA SC-301 KM 83 - Joinville INGRESSO:Gratuito PRESERVAR A MEMÓRIA DO AUTOMÓVEL TAMBÉM É CULTURA!

Esse tempo ocioso

O ALAMEDA CULTURAL traz mais um artigo escrito pelo escritor de São Bento do Sul,DONALD MALTSCHISKY.É uma excelente reflexão sobre a infância atual: "É chavão:prática de esportes,música,artesanato e assim vai uma série de ofertas, positivas em si,destinadas a ocupar o tempo ocioso das crianças e adolescentes. De onde surgiu esse tempo 'ocioso'?Não lembro de sua existência há mais de 40 anos.Falta tempo sim,ou alguém acha que é fácil ir à aula,enxugar louça,fazer café,caçar borboletas(!)e passarinhos(!!),saber onde estão os amigos e convencê-los a participar de empreitadas nem sempre seguras,cumprir as tarefas escolares e às vezes estudar um pouquinho,aprender a cozinhar,jogar futebol sendo um tremendo dum perna de pau,construir cabanas,achar cipós no meio do mato para se balançar,andar de bicicleta à procura de lugares para nadar e pescar,curar as feridas dos tombos,ler gibis , livros,e até as fotonovelas das irmãs,criar barracas com cobertores dentro de casa em dias de chuva,ir á doutrina,aprender datilografia,passar horas planejando como se aproximar das meninas e mais horas ainda fugindo delas,plantar legumes e verduras,exasperar-se com a dificuldade de sintonizar alguma rádio que tocasse alguma música de 'Jovem Guarda' e ,ufa!,dormir cedo.Se no meio de tudo isso,o ócio vinha,era tempo de sonhar um pouco. Sim ,as coisas mudaram e muitas crianças foram engaioladas,enquadradas,encaixotadas.Agumas literalmente.O medo do presente ,do futuro,das ruas,do ar e do 'não sei-mais-o-quê' criaram essa neura de que as crianças e adolescentes precisam estar ocupados o tempo todo.Sempre estão,às vezes consigo mesmos,o que também é necessário.Verdade:a sociedade os transforma em preguiçosos,a sociedade do futuro exige pessoas bem preparadas,as drogas estão aí prontas para dar o bote.E os pais estão fora durante o dia e presos à televisão durante a noite!Será que não faltam desafios reais à vida ,não apenas para a profissão?Será que uma dedicação real dos pais não faria a diferença?Ou os perigos são mais desculpas do que obstáculos? Aprender idiomas,atividades que ajudem a definir uma vocação ,estudar artes,praticar esportes,tudo isso é ótimo,necessário ,até,não para ocupar o tempo ocioso,mas porque é prazeroso e útil e faz parte do tempo,ao lado do ócio.

quinta-feira, 13 de junho de 2013

AVISO IMPORTANTE!

A 4ª Conferência de Cultura de Joinville já tem data: 28 a 30 de junho. Confira a programação abaixo! CRONOGRAMA DA PRÉ-CONFERÊNCIA - 15 de junho de 2013 Dia 15 de junho - Centro de Convenções Alfredo Salfer (Centreventos Cau Hansen) 8:30: Início do credenciamento. 9:00: Abertura dos trabalhos da Pré-Conferência Municipal de Cultura. 9:30: Leitura dos documentos base dos quatro eixos e das Metas do Plano Municipal de Cultura. 12:30: Pausa para almoço. 14:00: Retomada dos trabalhos – Reunião por setor para organização e eleição dos conselheiros dos diversos setores para a gestão 2014/2016 do Conselho Municipal de Política Cultural. 15:00: Reunião dos grupos temáticos dos quatro eixos para debate e elaboração das proposições e indicativos para a 4ª Conferência Municipal de Cultura. 17:00: Plenária final. CRONOGRAMA DA CONFERÊNCIA – 28 a 30 de junho de 2013 Dia 28 de junho - Câmara de Vereadores de Joinville 18h30: Início do credenciamento. 19h: Abertura do evento. 19h40: Atração artística. 20h: Palestra. Dia 29 de junho - Teatro Juarez Machado (Centreventos Cau Hansen)(FOTO ABAIXO) 8h30: credenciamento. 9h: Leitura e aprovação do Regimento da IV Conferência de Cultura de Joinville. 9h30: Apresentação da metodologia dos trabalhos da IV Conferência Municipal de Cultura. 10h: Início dos trabalhos dos quatro eixos temáticos. 12h30: Pausa para almoço. 14h: Retomada dos trabalhos dos quatro eixos temáticos. 18h: Encerramento dos trabalhos dos eixos temáticos. Dia 30 de junho - Teatro Juarez Machado (Centreventos Cau Hansen) 13h: Plenária. 21h: Encerramento da 4ª Conferência Municipal de Cultura. Programe-se. Sua participação fará a diferença nas ações culturais da cidade!

AGENDE-SE:livro Uma árvore que dá o que falar

Nascido em São Paulo em 1971,Jurandy Arruda mudou-se para Joinville em 1984.Naquela já longínqua década de 80 ele tentou ser um jogador do Joinville Esporte Clube,o popular JEC.O futebol pode ter perdido um atleta mas a cultura de Joinville ganhou um dos seus maiores militantes! Publicitário por profissão Jurandy Arruda,ou simplesmente JURA ARRUDA(fotos abaixo),também é autor de peças teatrais e autor de vários livros como o infantil SAPO FRITZ.É um dos líderes da CONFRARIA DO ESCRITOR,entidade que reúne escritores da cidade e que costuma reunir-se na Biblioteca Pública Municipal.Entre 2005 e 2006 foi um dos apresentadores do programa CHILLI MAGAZINE pela antiga rádio Floresta Negra de Joinville. No próximo dia 15 de junho estará sendo lançado mais um livro de sua autoria,chamado UMA ÁRVORE QUE DÁ O QUE FALAR e teve influência da literatura de cordel nordestina.VALE A PENA CONFERIR!Será na livrarIa MIDAS,Avenida João Colin-475 às 10 horas da manhã.

terça-feira, 11 de junho de 2013

AGENDE-SE:tributo à Pink Floyd

Data:15/06/2013 Horário:20h00 Local:DIDGE STEAKHOUSE PUB Rua Visconde de Taunay, 368 - Joinville Ingresso:Gratuito FONTE: site PORTAL JOINVILLE

MOMENTO LÍRICO:dia dos namorados

O ALAMEDA CULTURAL traz um poema da autoria do líder comunitário e poeta Osni Leopoldo Batista sobre o dia de amanhã.Vamos ao poema: "Doze de junho E o Dia dos Namorados Dia de doces beijos, E abraços demorados É dia de ofertar flores, E juras de amor eterno De sorrisos encantados, E mais beijos apaixonados."