sábado, 13 de abril de 2013

apresentação

 JOINVILLE É A CIDADE DA CULTURA não apenas do Festival de Dança mas também da Feira do Livro,de um Juarez Machado ,de um saudoso Luiz Henrique Schwanke,de um Pepi Prantl (maestro criador da ópera  joinvilense Yara na distante década de 30),de um David Gonçalves,de um Poema Sonoro e de tantos outros artistas famosos ou ilustres desconhecidos que mostram que Joinville não é apenas fábricas e trabalho mas também lirismo e cultura.
 Pretendemos com esse blog dar voz a todos os artistas desta terra querida mas também informar ,divertir,fazer pensar e interagir com nossos leitores.Esperamos atingir nossos objetivos e você,amigo leitor,é nosso companheiro nesta jornada PORQUE A CULTURA É IRMÃ DO CONHECIMENTO E UM POVO CULTO É SENHOR DE SEU DESTINO!

nota do blog

Este blog se propõe a ser da cultura ,mas o artigo acima mostra um pouco do estado de coisas do nosso país e também mostra um pouca da indignação de nós ,cidadãos de bem e queremos construir um Brasil melhor.Ele foi escrito por José Olímpio Ribas de Oliveira,advogado , atualmente exercendo o cargo de agente da Vara da Infância e Juventude e também poeta nas horas vagas.

sexta-feira, 12 de abril de 2013

troca de valores

BBC divulga que ONU critica o Brasil por elevando nível de
encarceramento, o Brasil teria uma das maiores populações carcerárias
do mundo. Os minimalistas considerariam este um argumento a favor de
penas brandas. Concordo com o procurador da República, Dr. Luiz Carlos
Gonçalves, e
relator da projeto de reforma do CP, no Brasil não se prende muito se
prende mal, deveria haver mais penas alternativas para crimes de baixo
potencial ofensivo e penas mais severas para os crimes contra a vida e
de semelhança análoga.


    O jornal A Notícia divulgou em 26/03 que até 18
agentes serão indiciados por abuso e uso excessivo de força contra os
presidiários no presídio regional de Joinville.


                                Sem fazer apologia da violência
policial: que  dos juristas minimalistas/abolicionistas haja a mesma
boa vontade aplicada  à compreensão do criminoso  para se compreender
a polícia.
                                 O criminoso é um agente racional,
isto é, ele busca otimizar o seu bem estar com base no cálculo de
riscos/benefícios. . Com os limites brandos das penas em abstrato e
toda a leniência da execução penal, o crime torna-se racionalmente
vantajoso, uma vez que o momento de maior risco para o criminoso é um
possivel confronto com a policia, após   ele poderá desfrutar o seu
ganho criminoso, ou na pior das hipóteses uma breve permanência
encarcerado.
                                 O legislador falhou em compreender o
criminoso como um agente racional que busca otimizar suas vantagens. O
poder executivo, compreendendo a motivação  do crime, pode
tentar compensar  a insuficiência penal, obrigando o criminoso a
reavaliar  seu cálculo de risco benefício e optar pelo cumprimento da
lei. Este mecanismo de compensação - não sendo delimitado legalmente-
fatalmente será tortuoso.
                                  Por isto em certas regiões do Brasil
a polícia prende pouco porém mata muito. A omissão do legislador
incentiva não apenas o crime mas também a violência policial, que
tende a sair do controle assim como o próprio crime.

                                   Às vezes  desconfio que os
minimalistas penais e abolicionistas penais concordam com o raciocínio
criminoso: "se não me dão o que eu quero eu vou tomar, mesmo
derramando sangue inocente para isso".

                                   Em vinte e sete de março  Notícias
do Dia divulgou que empresário foi vítima de tentativa de homícidio em
São Francisco do Sul. Aparentemente não se tratava de assalto e sim de
uma execução.

                                    Novamente recorrendo a
racionalidade econômica do crime, se a vida é barata (paga-se pouco
por destruir uma vida) é economicamente racional eliminar a
concorrência, seja no amor, na política  ou nos negócios. Era este o
raciocínio do poderoso chefão de Mario Puzo. D. Corleone tornou-se o
maior empresário do azeite eliminando a concorrência através da
violência.
                                     A vida pode ser mais brutal que
um romance sobre a máfia, e em geral ela é. No Brasil há dois exemplos
famosos do que estou falando. Delmiro Gouveia, grande empresário e
humanista - o precursor dos shopping centers no mundo,  e o Visconde
de Mauá,  um dos grandes empresários do século XIX , e
economista visionário cuja teoria sobre o papel moeda seria
reconhecida mundialmente apenas no século XX na década de 70.
                                     Delmiro Gouveia foi assassinado.
O principal suspeito, a concorrente inglesa da sua fábrica de fiação.
Os herdeiros - provavelmente aterrorizados- trataram de se desfazer da
fábrica que foi comprada pela mesma concorrente inglesa,  a qual
destruiu completamente a fábrica de Delmiro.

                                      O visconde de Mauá teve a sua
fábrica do pontal de areia incendiada, o incêndio foi criminoso.
Também foi ele  vítima de uma série de esquemas maliciosos que
acabaram por leva-lo à falência.  Não é possível haver uma economia
livre, sem um direito penal adequado. Da mesma forma qualquer
tentativa de democracia, se não amparada em direito penal forte, será
frágil, condenada a tornar-se meramente uma democracia formal, não uma
democracia real, pois assim como a economia livre a democracia
representativa tam´bem é uma competição regulamentada. No Brasil
pode-se fazer uma lista extensa de políticos brasileiros
assassinados, em geral são de esquerda ou então não se sujeitaram a
esquemas de corrupção.